A história da saudosa e popular Hermínia Silva
Alfacinha de gema, Hermínia desde muito nova manifestou grande aptidão para cantar. Aos treze anos já cantava no Valente das Farturas, no Parque Mayer. E com tanto êxito que logo a convidaram para o teatro, o que aconteceu alguns anos depois, como atração fadista na revista A Fonte Santa.
Nunca mais parou. Foi vedeta do teatro de revista em mais de meia centena de peças ao lado de Estevão Amarante, Irene Isidro, Vasco Santana, Laura Alves e António Silva, entre outros. Em 1946, ganhou o Prémio Nacional do Teatro, como a melhor atriz do ano, numa charge à Antígona interpretada por Mariana Rey Monteiro.
Participou nos filmes "A Aldeia da Roupa Branca", "O Costa do Castelo", "Um homem do Ribatejo", "Ribatejo" e "O Diabo era Outro", com Beatriz Costa, Vasco Santana, Milú e António Calvário. Colaborou em várias estações emissoras e nos então muito populares programas "Rádio-Publicitários" - Passatempo APA e Comboio das Seis e Meia. Gravou dezenas de discos com os seus sucessos: Lisboa Antiga, Marinheiro Americano, Velha Tendinha, Mãos Sujas e Chunga Chunga, entre outros.
Neste programa, destacam-se as participações do seu filho, Mário Silva, marido, Manuel Guerreiro, e o amigo Mário Gil a quem apoiou a apresentação do primeiro disco "Pelos Caminhos de Portugal".
Fernando Pessa referencia também a faceta fadista da artista com testemunhos de Amália e do guitarrista António Pacheco, que ela popularizou com a frase "Anda Pacheco".
Todas as facetas da vida artística e pessoal de Hermínia estão ilustradas com diversas fotos e excertos de atuações, registadas pelo cinema, televisão e disco.