X, empate no totobola, mas um passo gigantesco para a selecção de Portugal rumo ao desconhecido Mundial de futebol.

O empate frente à selecção checoslovaca é sem dúvida, o empate mais saboroso de sempre da selecção Lusa. Depois das 4 vitórias nos 4 jogos da fase de apuramento, o nulo verificado no Estádio das Antas, é o carimbo que faltava no passaporte da equipa das quinas e poder viajar até terras de Sua Majestade.

No mínimo, curiosa a declaração do arbitro Leo Horn no final do jogo: “O jogo foi muito correto, mas a qualidade não esteve em nível condizente com a categoria das equipas”.

Para os jogadores e adeptos Portugueses pouco interesse tem a opinião do juiz da partida, o pequenino empate é o suficiente para Portugal se estrear no Campeonato do Mundo!

Finalmente, as vitórias morais tinham ficado para trás que, outrora, os portugueses reclamavam, depois de saírem do relvado vergados a mais uma derrota, mas sempre cheios de orgulho pela magnifica exibição.

Partilhado por todos os jogadores, é o do sentimento do dever cumprido de um jogo transmitido em direto pela RTP, pelo qual despendeu 150 contos. Nas Antas, a boa afluência de público, reforçou a receita da Federação em mais 1250 contos.

Os aplausos recebidos pelo novo internacional Carvalho, foram bem merecidos. Ao contrário do guarda-redes, a estrela da companhia, Eusébio, autor de 7 golos nas quatro jornadas anteriores, fica em branco, decepcionando todos aqueles que queriam ver a grande paixão do avançado africano.

No entanto, a campanha gloriosa dos Magriços teria novos e brilhantes resultados, agora no Torneio desportivo mais importante do Mundo.