O corta-mato tem as suas origens em Inglaterra, no século XVIII, e consistia em corridas pedestres, entre aristocratas e fazendeiros estimulados pelas apostas. No entanto, dois séculos depois, é uma prova que favorece as características dos corredores Portugueses, contribuindo para o avolumar de medalhas do meio-fundo nacional e a título individual, o merecido destaque é para Paulo Guerra, um dos melhores atletas portugueses de sempre e um dos mais medalhados a nível internacional.

Este alentejano, começou, desde muito novo a destacar-se como um atleta que gostava realmente dos percursos pantanosos do corta-mato com percursos e cedo foi coroado de “rei da lama”.

O primeiro treinador a ver o valor deste campeão europeu, foi o Senhor Atletismo, Moniz Pereira, que não tinha quaisquer dúvidas, quando o foi recrutar ao Clube Desportivo Arraiolense. Três épocas de leão bastaram para Guerra e é, desde 1993, com a camisola do Maratona, que inicia a conquista das grandes provas nacionais e internacionais.

Vencedor da 1ª edição do Europeu de Corta-Mato em 1994, Paulo Guerra, chegaram mesmo, a apelidá-lo de “queniano branco”, viria a triunfar por mais três vezes, integrou a equipa de Portugal, composta por Domingos Castro, classificaria em 2º, António Pinto, consegue o 8º posto, João Junqueira, ocupa a 12ª posição e Dionísio Castro no 50º lugar, estes 5 corredores são responsáveis por Portugal ser o primeiro país a conquistar o Europeu.