A RTP assume, sem qualquer tipo de hesitação, a cobertura do Campeonato do Mundo de 1991, investe em novos equipamentos, um novo carro de exteriores, meios utilizados para a transmissão para todo o Mundo de todos os jogos da prova.

A selecção dos miúdos de Carlos Queiroz com um comportamento empenhado e corajoso, vão demonstrando a vontade de querer triunfar e eliminados os adversários atingem a final, encontrando o Brasil do outro lado do relvado.

No Estádio da Luz, a abarrotar de gente, o tapete verde, é o único lugar onde a densidade demográfica é equilibrada, os jogadores têm espaço para demonstrar se são ou não, capazes de voltar a espantar o Mundo.

Não se sabe nem nunca se saberá quantas pessoas, tanto no Estádio como na televisão, estão a assistir ao último jogo do Mundial, à volta do palco, a tribo do futebol lusitano está por uma vez reunida, as camisolas e bandeiras dos clubes nacionais misturam-se com aqueles que desfraldando, bem acima das suas cabeças, a bandeira nacional demonstrando o devolvido orgulho Lusitano.

As mais de 120 Mil pessoas sofrem ao longo de 120 minutos, é necessário recorrer às grandes penalidades para se encontrar o campeão.

O Brasil falha duas grande penalidades, é a vez de Rui Costa, coloca a bola na marca dos onze metros, o nervosismo instala-se, o barulho é ensurdecedor, é o momento da grande decisão, os adeptos estão confiantes, acenam, as emoções soltam-se, o miúdo de 19 anos aparenta uma enorme serenidade perante centenas de bandeiras agitadas com grande fervor, Portugal, através da RTP, está suspenso, o jovem Português dá o primeiro passo, já ninguém suporta estar sentado na noite mais quente do Verão de 1991….OBRIGADO RUI!

“Foi o momento mais alto da minha carreira” - Confissão de Rui Costa.