O TAP ESTÁ NA ESTRADA por Rui Alves

1967 - Rali de Portugal

Alfredo César Torres com as dificuldades políticas de então, e de Portugal ser um país pequeno e periférico, mas sempre com assistência muito participativa da sua mulher, Teresa Torres, foi capaz de criar um Rali que seria consagrado como um dos melhores do mundo.

Depois de dois anos à frente da versão caseira do Rali TAP, o campeão nacional de Ralis, César Torres é convidado a organizar e dirigir o primeiro Rali Internacional de Portugal.

O TAP na versão internacional saí para a estrada a 5 de Outubro de 1967. São quatro dias de competição em que os concorrentes irão percorrer dois mil trezentos e trinta e dois quilómetros.


As estradas escolhidas são desde da primeira edição a grande preocupação de César Torres, ao longo de várias edições da prova, e com a colaboração preciosa de um companheiro de ralis, Manuel Coentro, selecciona entre outras, as estradas de Sintra, Montejunto, Caramulo, Lousã e Arganil, troços que se tornariam míticos.

A escolha de um traçado duro para as mecânicas e piloto, tinha como objetivo o de alcançar, a curto prazo, integrar a Prova Portuguesa no Campeonato da Europa de Ralis o que viria acontecer na 3ª edição do TAP.

A uma velocidade vertiginosa, o Rali Português ultrapassa os grandes clássicos do desporto automóvel como são os Ralis de Monte Carlo, da Acrópole ou Coupé dês Alpes. Quando o Campeonato do Mundo de Ralis nasce em 1973, o rali de Portugal é uma das provas que está incluída no calendário.

Verdadeiro dono da prova, César Torres é um diretor de pulso firme ao longo de trinta e uma edições e é com orgulho que recebe por 5 vezes a nomeação de Melhor Rali do Mundo.

Durante muitos anos o Rali de Portugal é a exaltação nacional por ser o único evento internacional que se realiza no nosso país. Nos dias de hoje a organização do Automóvel Clube de Portugal depois de ter aperfeiçoado e ter feito a adaptação às novas regras, mantém a prova como uma das melhores do Mundial de Ralis.