O ORGULHO DOS TORRIENSES por Rui Alves

Ao aceitar, devidamente autorizado pelo Sporting, o convite para correr a 56ª edição da Volta à França, Joaquim Agostinho pedala para uma carreira incomparável que só um grande campeão consegue alcançar.

A primeira grande vitória acontece, quando é o primeiro a cortar a meta da 7ª etapa, depois de percorridos os mais de 193 quilómetros, entre Nancy e Mulhose. E com mais um trambolhão para a sua grande colecção, Agostinho enche-se de brios passa pelo famoso ciclista belga, Eddy Merckx que enverga a amarela, conquistando nova vitória ao fim de 234 quilómetros da 17ª etapa, é o primeiro a chegar a Revel, depois de sair de La Grand Motte.

Aos 27 anos de idade, Joaquim Agostinho, integrado na equipa Frimatic,tem uma estreia brilhante nas estradas francesas, triunfa em duas etapas, classificando-se num muito honroso 8º lugar!

Suplantando o 10º lugar de Alves Barbosa em 1956, o Torriense consegue a melhor classificação de sempre de um ciclista português no Tour de France..

A popularidade de Eusébio é incontestável, a de Carlos Lopes pode não ser igual, mas é gigantesca, Rosa Mota é reconhecida em Portugal como no distante pais do sol nascente. E o desportista natural de Brejenjas? Quem? O Quim das cambalhotas! No concelho de Torres Vedras, é de uma forma incontestável, a figura mais conhecida.

Joaquim Agostinho está ao nível das grandes estrelas do desporto português, reconhecido como um dos grandes talentos do ciclismo internacional. E é como um grande campeão que Agostinho, também conhecido como o Quim das cambalhotas devido às muitas quedas que sofreu ao longo da sua carreira, é recebido pelos seus conterrâneos.

Em 1969, a estreia de Joaquim Agostinho na principal prova velocipédica do Mundo, onde se classifica no honroso 8º lugar, marca o inicio de uma carreira brilhante do mais conhecido dos Torrienses.

A receção é apoteótica para o primeiro Português a vencer duas etapas da Volta à França.