Fez parte de uma das melhores equipas do Sporting, é recordado na Escócia, onde, ainda hoje, os adeptos do Celtic Glasgow cantam:

"There's only one Jorge Cadete (há apenas um Jorge Cadete)
he puts the ball in the netty (ele põe a bola na baliza),
He's Portuguese and he scores with ease (Ele é português e marca com facilidade),
walking in Cadete wonderland (caminhando pelo 'mundo de Cadete')"

Mas, para um dos maiores avançados da história do futebol português, a carreira foi cheia de emoções fortes, tem início na Associação Académica de Santarém em 1983-84, época em que atinge a fabulosa marca de 43 golos em apenas 18 jogos, tinha então 15 anos de idade!

Acionado o alarme dos clubes grandes, o Sporting vence a concorrência e o avançado percorre em três épocas, as camadas jovens dos leões, para como sénior ser emprestado ao Vitória de Setúbal em 1988, tendo marcado10 golos que ajudou o clube sadino a chegar ao 5º lugar.

No ano seguinte, Jorge Cadete regressa a Alvalade, é uma aposta de Manuel José, conquistando um lugar na equipa leonina ao lado do seu ídolo o ‘bibota’ de ouro Fernando Gomes e o carinho da massa associativa do clube, onde permanece até 1996.

Com 18 golos, sagra-se como o grande goleador do campeonato 1992-1993. Veste a camisola de riscas verdes e brancas durante 6 épocas, totalizando 201 jogos e aponta 81 golos.

A A saída de Bobby Robson e a chegada de Carlos Queiroz ao Sporting, faz precipitar a rescisão do contrato, Cadete passa seis meses a treinar sozinho até, que no final da época de 1995/96, aceita a proposta do Celtic de Glasgow, onde rapidamente começa a marcar golos.

Na época seguinte, Cadete passeia a sua classe de goleador pelos relvados da Escócia.

Os católicos apreciam verdadeiramente o talento daquele que foi o primeiro português a sagrar-se o melhor marcador de um campeonato no estrangeiro ao apontar 34 golos em 44 partidas.

"Fui o melhor marcador da Liga sem penáltis. Talvez tenha sido o único", diria mais tarde Jorge Cadete.