Léo Eichmann, guarda-redes internacional suíço, é um desconhecido para o universo do futebol, para Eusébio da Silva Ferreira, é o desafortunado guardião que sofreu, provavelmente o melhor golo, o mais bonito das centenas de golos apontados pela pantera negra.

Se falamos de Eusébio é recordar a sua enorme paixão: o golo!

O golo contra os Suíços do La Chaux-de-Fonds pode não ser o melhor golo nem o mais conhecido, mas para o autor destas linhas (e foram muitos, mesmo muitos, os golos que eu tive o privilégio de ver, golos disponíveis no documentário: A paixão pelo golo), é com toda a certeza o mais bonito e o mais revelador das características deste avançado Moçambicano que se iniciou no futebol na filial do Sporting em Lourenço Marques, hoje Maputo.

A inspiração deste golo só é possível porque Eusébio era dotado de uma técnica própria dos grandes génios do futebol, como demonstra na receção da bola em que tira de imediato um adversário, para instantes depois dar um pequeno toque deixando outro adversário fora da jogada, é uma jogada individual perfeita, feita em grande velocidade depois de um arranque imparável. A bola esteve sempre dominada naqueles breves segundos que esteve em contato com o avançado encarnado, é um golo soberbo.

Desde que tocou na bola, Eusébio em apenas três segundos alimentou a chama da sua paixão!