O 12.º JOGADOR por Rui Alves

O Mapa Cor-de-Rosa, era um desenho das novas fronteiras do Império Português em África e unia Angola a Moçambique. A pretensão lusa coloca em perigo o sonho dos ingleses em ligar o Egipto à África do Sul em caminho de ferro. Sua Majestade reage e faz um ultimato aos portugueses: ou esquecem o mapa ou têm guerra.

A coroa portuguesa, apesar dos muitos protestos, reverte a decisão. O actual Hino Nacional é então composto por Henriques Lopes de Mendonça como forma de protesto à exigência da potência mundial, Grã-Bretanha.

Existe uma opinião formada que o 12º jogador são os adeptos presentes para assistir “in loco” a um desafio de futebol, caberá a estes, a responsabilidade de exigir a superação dos seus ídolos tendo como retribuição, o contentamento de uma vitória.

Mas cantar o hino quando ao mesmo tempo a bandeira nacional se espreguiça e exibe orgulhosamente as suas cores, podem ser tão ou mais motivadoras do que os gritos frenéticos dos seus compatriotas.


O percorrer dos minutos num desafio de futebol, não raras vezes com sangue, revela a combatividade de quem defende uma nação. Com o apoio dos compatriotas que entoam a uma só voz, fazem resplandecer a esperança de ultrapassar mais um adversário.

Com Rui Veloso a cantar o hino, antes de mais uma batalha decisiva para Portugal, recordamos tempos antigos, onde os combates eram feitos entre tribos e com o passar dos séculos, o confronto é entre nações e era precisamente com este nome, que inicialmente o Campeonato da Europa foi batizado: Torneio das Nações.

A influência de um hino poderá ser medida pela pergunta: quem é que pode dizer que sozinho ou acompanhado não se emociona quando ouve o Hino Nacional? O Hino é o 12º jogador? Não sei, mas que é a razão da nossa identidade, é!