NADA MUDOU! por Rui Alves
Manuel Sérgio, filósofo adepto do futebol, dizia-me "pela mão do meu pai, nós íamos ao futebol como se fossemos para a ópera!
Amante do Belenenses, viu jogar Matateu, Vicente, Yauca que proporcionavam um espetáculo que agradava a todas as idades e a todos os estratos sociais. Nas Salésias viu jogar os 5 violinos, e a beleza do futebol de ataque proporciona memórias dos jogos que não tinham vencedores anunciados.
A paixão deste professor catedrático pelo futebol, fá-lo exultar com a linha atacante do Benfica da década de 60 e para ele, a melhor de sempre do futebol encarnado. Na década de 70, com o seu "Belém" a não conseguir bater o pé aos outros dois clubes de Lisboa, continua a assistir aos jogos e às muitas goleadas, consequência do enorme desequilíbrio, entre os clubes de Lisboa e as modestas equipas que completavam o calendário do campeonato nacional. Estes clubes sofrem de com a perda de adeptos, os seus recursos financeiros são abalados, entram numa espiral, de onde, será muito difícil de encontrar uma solução financeira.
A futebol faz-se de glória e de drama, são, muitos os emblemas mundiais que viveram as horas mais negras quando desembarcaram na divisão secundária, crescendo logo ali, a maior vontade de voltar aos carris da principal competição nacional de futebol.
O processo já tem algum tempo em Portugal, os adeptos do futebol, a larga maioria, dividem-se pelo FC Porto, Benfica e Sporting que nunca sofreram a humilhação da descida e os clubes como o Campeão Nacional de 1946, a ficarem com tarefa muito difícil, a da sobrevivência.
A solução que o professor Manuel Sérgio tentou demonstrar na década de oitenta, não foi ouvida devido ao crescimento da exacerbada rivalidade, entre FC Porto e Benfica, tornando impossível qualquer tipo de diálogo nos clubes portugueses, barricados que estão, num dos lados dos dois rivais.
O Belenenses iniciou o seu longo calvário em 1982, ano da primeira descida e Manuel Sérgio vaticinou logo naquela altura o que iria acontecer ao futebol português, quer em relação à competitividade do Campeonato Nacional, quer a fragilidade dos clubes lusos frente aos grandes clubes europeus.
O clube de Belém percorre, desde da década de oitenta, um caminho tortuoso, com uma vitória na Taça de Portugal, jogos brilhantes nas Taças Europeias encontrando mais uma vez a ambicionada glória, é, no entanto, acompanhada com várias despromoções. No novo milénio quando tenta preparar-se para novos desafios, constituí uma SAD para o futebol que após alguns anos, se separa do Clube Futebol “Os Belenenses”.
Afinal, nada mudou!
Amante do Belenenses, viu jogar Matateu, Vicente, Yauca que proporcionavam um espetáculo que agradava a todas as idades e a todos os estratos sociais. Nas Salésias viu jogar os 5 violinos, e a beleza do futebol de ataque proporciona memórias dos jogos que não tinham vencedores anunciados.
A paixão deste professor catedrático pelo futebol, fá-lo exultar com a linha atacante do Benfica da década de 60 e para ele, a melhor de sempre do futebol encarnado. Na década de 70, com o seu "Belém" a não conseguir bater o pé aos outros dois clubes de Lisboa, continua a assistir aos jogos e às muitas goleadas, consequência do enorme desequilíbrio, entre os clubes de Lisboa e as modestas equipas que completavam o calendário do campeonato nacional. Estes clubes sofrem de com a perda de adeptos, os seus recursos financeiros são abalados, entram numa espiral, de onde, será muito difícil de encontrar uma solução financeira.
A futebol faz-se de glória e de drama, são, muitos os emblemas mundiais que viveram as horas mais negras quando desembarcaram na divisão secundária, crescendo logo ali, a maior vontade de voltar aos carris da principal competição nacional de futebol.
O processo já tem algum tempo em Portugal, os adeptos do futebol, a larga maioria, dividem-se pelo FC Porto, Benfica e Sporting que nunca sofreram a humilhação da descida e os clubes como o Campeão Nacional de 1946, a ficarem com tarefa muito difícil, a da sobrevivência.
A solução que o professor Manuel Sérgio tentou demonstrar na década de oitenta, não foi ouvida devido ao crescimento da exacerbada rivalidade, entre FC Porto e Benfica, tornando impossível qualquer tipo de diálogo nos clubes portugueses, barricados que estão, num dos lados dos dois rivais.
O Belenenses iniciou o seu longo calvário em 1982, ano da primeira descida e Manuel Sérgio vaticinou logo naquela altura o que iria acontecer ao futebol português, quer em relação à competitividade do Campeonato Nacional, quer a fragilidade dos clubes lusos frente aos grandes clubes europeus.
O clube de Belém percorre, desde da década de oitenta, um caminho tortuoso, com uma vitória na Taça de Portugal, jogos brilhantes nas Taças Europeias encontrando mais uma vez a ambicionada glória, é, no entanto, acompanhada com várias despromoções. No novo milénio quando tenta preparar-se para novos desafios, constituí uma SAD para o futebol que após alguns anos, se separa do Clube Futebol “Os Belenenses”.
Afinal, nada mudou!