JORGE HUMBERTO À EXPERIÊNCIA NO INTER, por Rui Alves
No início dos anos sessenta do século passado, Jorge Humberto era um avançado da Académica e estudante do último ano de Medicina na Universidade de Coimbra quando recebe um telefonema de Itália que lhe iria mudar a vida.
Do outro lado da linha estava Helénio Herrera, técnico que tinha passado pelo Belenenses e Barcelona e que treina em 1961 o Inter de Milão, que convida o jogador estudante para ingressar no clube nerazzurri.
A formação italiana conta com jogadores como Luis Suárez, Mario Corso, Sandro Mazzola, Giacinto Facchetti ou Lorenzo Buffon e era nesta constelação de estrelas do futebol internacional que Jorge Humberto, caso aceitasse o convite, iria jogar.
Mas Jorge Humberto resiste à primeira oferta de mil contos, no entanto, assina o contrato depois de passado o período de negociações e de dúvidas por dois mil e quinhentos contos cerca de dois milhões de euros.
Assim, o avançado protagoniza a primeira transferência do futebol português para o cálcio, só que, a lei italiana só permitia a inscrição de dois jogadores estrangeiros e como o Inter já tinha o inglês Hitchens e Suárez a grande vedeta espanhola. E foi aqui que se dá o início da tragicomédia.
Como o jornal espanhol a «Marca» descreveu, Helénio Herrera tinha pesquisado a árvore genealógica de Jorge Humberto, descobrindo que o jogador era descendente de emigrantes italianos, clandestinamente saídos da Península Itálica em data que não descobriu, para se radicarem em Portugal.
A mentira vira verdade e em 25 Agosto de 1951, o cidadão português obtêm a cidadania italiana agora com o nome de Giorgeio Raggi.
Porém, o primeiro futebolista lusitano a jogar nos campos italianos terá sido Francisco dos Santos, que chegou a Roma no início do século XX, em 1906, com uma bolsa de estudo para frequentar a Academia de Belas-Artes e que, mais tarde, viria a ser o autor do busto da República ou da estátua do Marquês de Pombal em Lisboa.
Quanto a Jorge Humberto, apesar de ser difícil conciliar, foi fazendo ao mesmo tempo que jogava algumas cadeiras do curso de Medicina nas Universidades de Milão e de Pádua. Acabaria por concluir a licenciatura quando regressa a Portugal e a Coimbra, onde tira a especialidade de pediatria.
Do outro lado da linha estava Helénio Herrera, técnico que tinha passado pelo Belenenses e Barcelona e que treina em 1961 o Inter de Milão, que convida o jogador estudante para ingressar no clube nerazzurri.
A formação italiana conta com jogadores como Luis Suárez, Mario Corso, Sandro Mazzola, Giacinto Facchetti ou Lorenzo Buffon e era nesta constelação de estrelas do futebol internacional que Jorge Humberto, caso aceitasse o convite, iria jogar.
Mas Jorge Humberto resiste à primeira oferta de mil contos, no entanto, assina o contrato depois de passado o período de negociações e de dúvidas por dois mil e quinhentos contos cerca de dois milhões de euros.
Assim, o avançado protagoniza a primeira transferência do futebol português para o cálcio, só que, a lei italiana só permitia a inscrição de dois jogadores estrangeiros e como o Inter já tinha o inglês Hitchens e Suárez a grande vedeta espanhola. E foi aqui que se dá o início da tragicomédia.
Como o jornal espanhol a «Marca» descreveu, Helénio Herrera tinha pesquisado a árvore genealógica de Jorge Humberto, descobrindo que o jogador era descendente de emigrantes italianos, clandestinamente saídos da Península Itálica em data que não descobriu, para se radicarem em Portugal.
A mentira vira verdade e em 25 Agosto de 1951, o cidadão português obtêm a cidadania italiana agora com o nome de Giorgeio Raggi.
Porém, o primeiro futebolista lusitano a jogar nos campos italianos terá sido Francisco dos Santos, que chegou a Roma no início do século XX, em 1906, com uma bolsa de estudo para frequentar a Academia de Belas-Artes e que, mais tarde, viria a ser o autor do busto da República ou da estátua do Marquês de Pombal em Lisboa.
Quanto a Jorge Humberto, apesar de ser difícil conciliar, foi fazendo ao mesmo tempo que jogava algumas cadeiras do curso de Medicina nas Universidades de Milão e de Pádua. Acabaria por concluir a licenciatura quando regressa a Portugal e a Coimbra, onde tira a especialidade de pediatria.