As goleadas não interessam ao futebol, mas que os clubes, tem sempre um enorme orgulho em recordar, e para o adepto? Sim, é bom ter motivos de conversa e de despique, mas a vaidade será ainda maior e o sorriso mais largo quando o seu clube leva a melhor em relação a um adversário reconhecidamente superior.

A goleada europeia da equipa portista de 1986, é o primeiro passo para a primeira grande conquista internacional desta edição especial do FC Porto.

Em casa emprestada, o clube da cidade invicta recebe o Rabat Ajax, equipa que representa a pequena ilha de Malta na Taça dos Campeões Europeus de 1986/87.

Mais de 25.000 pessoas assistem no Estádio do Rio Ave a uma magnifica exibição de uma notável equipa Portista, justificando assim, as obras de ampliação do Estádio das Antas. Os Malteses naufragaram com a dupla terrível que era Futre e Gomes, o vencedor por duas vezes da bota de ouro só a sua conta marca 4 golos.

Repleta de artistas, o FC Porto domina por completo uma modesta equipa de uma aldeia com pouco mais de 400 habitantes, jogo histórico que é recordado como aquele, em que o clube da cidade invicta alcança a sua maior goleada nas competições europeias, desde que se estreou no longínquo ano de 1956 quando defrontou, também na Taça dos Campeões Europeus, o Atlethic Bilbao.

A robusta vitória (9-0) é atingida no arranque da campanha vitoriosa do FC Porto para a conquista da 32ª edição da Taça dos Campeões Europeus, hoje Liga dos Campeões. O técnico Artur Jorge comanda a formação portista que é constituída pelo guarda-redes Zé Beto, os defesas João Pinto, Eduardo Luís, Celso (1), Bandeirinha, os médios Madjer (1), André (2) Jaime Pacheco, Sousa, Elói (1) e os avançados Fernando Gomes (4) e Paulo Futre.