O Tour de France ou simplesmente Tour, é a mais importante de todas as competições velocipédicas de estrada e está repleta de escândalos, mas também de episódios divertidos.

A Volta à França deu as primeiras pedaladas em 1903, o primeiro vencedor, foi o francês Maurice Garin mais a sua garrafa de vinho tinto, à qual recorria constantemente durante as etapas.

A história dos Portugueses na Volta à França começa a escrever-se em Julho de 1956 e que foi vivido em alvoroço, os Portugueses vibraram com a ação brilhante do campeão nacional, Alves Barbosa. Com um pelotão composto por 88 ciclistas, o ciclista luso termina num honroso 10º lugar, na mais importante prova de ciclismo do Mundo, é um dos maiores êxitos do desporto lusitano até então.

Alves Barbosa, filho do «Rei dos Furos», tinha participado nas primeiras corridas velocipédicas nacionais, foi convidado para a aventura do Tour por Charly Gaul, o célebre «Anjo da Montanha» que depois de o ver correr, o convidou para integrar a equipa do... Luxemburgo.

Foi muita a emoção provocada pela proeza do corredor do Sangalhos e que só é comparável ao campeonato do mundo de hóquei em patins conquistado por uma equipa de 5 jogadores.

Na Volta à França, sozinho, lançado às feras, vive durante mais de vinte dias no meio de pessoas que o ignoravam, o ciclista da Bairrada que não era um profissional do ciclismo, tem um comportamento à altura dos melhores, a décima posição da Geral rende 7500 Escudos (aproximadamente 3.200 Euros).

No último dia o pelotão chegou compacto ao Parque dos Príncipes, Barbosa que sobreviveu às etapas montanhosas dos Pirenéus e dos Alpes confirma a sua classe internacional quando dias depois na 19ª Volta à Portugal, soma 10 vitórias em 23 etapas.