ENCONTRO COM O VAMPIRO por Rui alves
No Estádio Olímpico de Helsínquia, em 1993, os finlandeses colocaram ao lado do monumento daquele que consideram o seu maior atleta de sempre, uma segunda estátua, a de Lasse Viren, o fundista vencedor dos 5000 e dos 10000 metros nos Jogos Olímpicos de 1972 e 1976.
Nos seus quatro triunfos, o esguio atleta revela, sempre, uma superioridade incontestável, no entanto, entre as duas Olimpíadas, nunca viria a demonstrar poder vir a repetir as vitórias na légua e na dupla légua. Nas poucas competições que participa, realiza tempos sem qualquer expressão internacional.
No final da década de 60 do século passado, Carlos Lopes surge no Sporting e a trabalhar como serralheiro, passaria pelo Diário Popular como estafeta que leva as provas para o famoso lápis azul dos coronéis da censura. A seguir à Revolução dos Cravos, orientado pelo Professor Moniz Pereira, treina na parte da manhã e a seguir ao almoço, veste então, a roupa de bancário, e como ajuda, tem um pequeno subsídio que possibilita uma alimentação mais equilibrada.
No arquivo da televisão pública, a memória da transmissão pela RTP da disputa do ouro entre Lopes e Viren na final olímpica dos 10000 metros, e que todo o Portugal assiste à histórica corrida para o atletismo português.
Em Montreal’76, a “locomotiva portuguesa” no comando da prova desde do início da prova, é ultrapassada por Viren na última volta, isolado, corre para a meta conquistando o título olímpico, apesar das suspeições de vampirismo.
Ao polícia finlandês ficarão para sempre ligadas, as acusações de autotransfusão sanguínea, algo que apesar de não ser proibido, ele sempre negou.
Para o atleta de Viseu, fica a honra e a dignidade de ser o segundo melhor do mundo nos dez mil metros e a convicção que afinal os portugueses, também podem ganhar.
Nos seus quatro triunfos, o esguio atleta revela, sempre, uma superioridade incontestável, no entanto, entre as duas Olimpíadas, nunca viria a demonstrar poder vir a repetir as vitórias na légua e na dupla légua. Nas poucas competições que participa, realiza tempos sem qualquer expressão internacional.
No final da década de 60 do século passado, Carlos Lopes surge no Sporting e a trabalhar como serralheiro, passaria pelo Diário Popular como estafeta que leva as provas para o famoso lápis azul dos coronéis da censura. A seguir à Revolução dos Cravos, orientado pelo Professor Moniz Pereira, treina na parte da manhã e a seguir ao almoço, veste então, a roupa de bancário, e como ajuda, tem um pequeno subsídio que possibilita uma alimentação mais equilibrada.
No arquivo da televisão pública, a memória da transmissão pela RTP da disputa do ouro entre Lopes e Viren na final olímpica dos 10000 metros, e que todo o Portugal assiste à histórica corrida para o atletismo português.
Em Montreal’76, a “locomotiva portuguesa” no comando da prova desde do início da prova, é ultrapassada por Viren na última volta, isolado, corre para a meta conquistando o título olímpico, apesar das suspeições de vampirismo.
Ao polícia finlandês ficarão para sempre ligadas, as acusações de autotransfusão sanguínea, algo que apesar de não ser proibido, ele sempre negou.
Para o atleta de Viseu, fica a honra e a dignidade de ser o segundo melhor do mundo nos dez mil metros e a convicção que afinal os portugueses, também podem ganhar.