DEIXEM-ME SONHAR! por Rui Alves
Se o sonho comanda a vida, o gigante que goleou o destino passou a vida a sonhar.
José Torres, seleccionador nacional no Campeonato do Mundo de 1986, apresenta-se no Benfica logo no início da década de 60, futebolista muito alto com um jeito algo desengonçado de jogar. Bella Guttman, a velha raposa Húngara, aplica-lhe alguns treinos específicos que melhor se adaptavam ao jovem que tinha dado os primeiros pontapés na bola no clube da sua terra, Torres Novas.
Torres foi aprendendo a arte para ser um goleador. Com muita paciência faz o seu percurso de dois anos na reserva benfiquista, onde os golos surgiam em catadupa, até ao dia em que é convocado para jogar (nesta altura, as substituições ainda não eram permitidas) na equipa principal do clube da Luz. Ao seu lado brilha já um outro jovem avançado, Eusébio com quem se entendeu muito bem, a virtuosidade técnica do avançado africano combina na perfeição com a forma desconjuntada do muito alto dianteiro.
Ainda antes do seu parceiro do ataque encarnado, Torres é mesmo o grande goleador do Campeonato Nacional de 1963, tinha nascido um avançado temível. O sonho acompanhou-o durante mais de duas décadas. Marcou golos, muitos golos no campeonato nacional, pelo Benfica, Vitória de Setúbal e no último clube que representou, o Estoril já com 40 anos de idade.
Faz parte dos lendários Magriços que tão bem representaram Portugal no Campeonato do Mundo de 1996, onde marca um golo de cabeça, não podia ser de outra maneira, ao lendário guardião soviético, Yashin, que coloca a seleção Portuguesa no 3º lugar do Mundial.
Em 1985, agora como principal responsável pela seleção nacional, vive outro sonho, o de qualificar a equipa das quinas para o Mundial, passados vinte anos a segunda presença Portuguesa, pode ser uma certeza, Portugal precisa de triunfar na Alemanha e a Suécia tem de sair vergada a uma derrota na deslocação à Checoslováquia.
O jogo frente à República Federal Alemã é dramático e glorioso, poucos acreditavam no apuramento, mas mais uma vez o sonho de Torres se concretiza com o famoso pontapé de Estugarda.
Na noite em que Morfeu, deus grego dos sonhos se transforma em baliza Portuguesa, os postes e a barra ajudam a travar o ataque maciço dos Alemães, o despertar para a realidade foi doce, afinal, a presença no Mundial era uma certeza, porque, entretanto, bons ventos vinham do leste da Europa, a selecção Checoslovaca tinha batido a selecção Sueca.
"Um sonho que sonhes sozinho é apenas um sonho. Um sonho que sonhes em conjunto com outros é realidade." - John Lennon
José Torres, seleccionador nacional no Campeonato do Mundo de 1986, apresenta-se no Benfica logo no início da década de 60, futebolista muito alto com um jeito algo desengonçado de jogar. Bella Guttman, a velha raposa Húngara, aplica-lhe alguns treinos específicos que melhor se adaptavam ao jovem que tinha dado os primeiros pontapés na bola no clube da sua terra, Torres Novas.
Torres foi aprendendo a arte para ser um goleador. Com muita paciência faz o seu percurso de dois anos na reserva benfiquista, onde os golos surgiam em catadupa, até ao dia em que é convocado para jogar (nesta altura, as substituições ainda não eram permitidas) na equipa principal do clube da Luz. Ao seu lado brilha já um outro jovem avançado, Eusébio com quem se entendeu muito bem, a virtuosidade técnica do avançado africano combina na perfeição com a forma desconjuntada do muito alto dianteiro.
Ainda antes do seu parceiro do ataque encarnado, Torres é mesmo o grande goleador do Campeonato Nacional de 1963, tinha nascido um avançado temível. O sonho acompanhou-o durante mais de duas décadas. Marcou golos, muitos golos no campeonato nacional, pelo Benfica, Vitória de Setúbal e no último clube que representou, o Estoril já com 40 anos de idade.
Faz parte dos lendários Magriços que tão bem representaram Portugal no Campeonato do Mundo de 1996, onde marca um golo de cabeça, não podia ser de outra maneira, ao lendário guardião soviético, Yashin, que coloca a seleção Portuguesa no 3º lugar do Mundial.
Em 1985, agora como principal responsável pela seleção nacional, vive outro sonho, o de qualificar a equipa das quinas para o Mundial, passados vinte anos a segunda presença Portuguesa, pode ser uma certeza, Portugal precisa de triunfar na Alemanha e a Suécia tem de sair vergada a uma derrota na deslocação à Checoslováquia.
O jogo frente à República Federal Alemã é dramático e glorioso, poucos acreditavam no apuramento, mas mais uma vez o sonho de Torres se concretiza com o famoso pontapé de Estugarda.
Na noite em que Morfeu, deus grego dos sonhos se transforma em baliza Portuguesa, os postes e a barra ajudam a travar o ataque maciço dos Alemães, o despertar para a realidade foi doce, afinal, a presença no Mundial era uma certeza, porque, entretanto, bons ventos vinham do leste da Europa, a selecção Checoslovaca tinha batido a selecção Sueca.
"Um sonho que sonhes sozinho é apenas um sonho. Um sonho que sonhes em conjunto com outros é realidade." - John Lennon