COMEÇOU NO ALGARVE E NADA MAIS FOI COMO DANTES, por Rui Alves

Na era do mítico Grupo B, o Audi Sport Quattro S1 foi o carro que marcaria o final da incrível epopeia da marca alemã no Mundial de Ralis.

As quatro rodas motrizes não eram novidade para ninguém, desde do final dos anos 50 que existia um Jeep de tração às quatro rodas da Audi chamado Munga. Em 1965, a Volkswagen, depois de comprar a marca dos quatro anéis, lança um novo carro que utilizava o 4x4.

Em 1980, o VW Iltis vence o Dakar de 1980, a tração total tinha agora sinal verde para ir correr o Mundial de Ralis. Faltava encontrar os apoios necessários para alterar as regras, regras que só autorizavam carros com duas rodas motrizes.

A Audi questiona então, as marcas como a Fiat ou a Ford que demonstrariam não estar suficientemente atentas. E, ao não contrariarem as pretensões alemãs, iriam perder a curto prazo o domínio que exerciam no Campeonato do Mundo de Ralis.

E Portugal?

O Rali de Portugal considerado O Melhor Rali do Mundo por quatro vezes consecutivas (1976 a 1979), e seria de novo no início da década de 80 do século passado, já tinha o seu lugar reservado na história do Mundial de Ralis.

E foi no Rali do Algarve de 1980, que se escreveria mais uma página memorável no desporto automóvel. Ainda antes da FISA ter homologado o carro, o Audi Quattro faz a sua primeira aparição.

Com Hannu Mikkola ao volante, o Audi ‘faz’ de carro zero. E se os tempos alcançados pelo piloto finlandês fossem registados, a máquina alemã teria triunfado na serra algarvia com… mais de 28 minutos de avanço em relação ao vencedor, o espanhol Zanini no seu Ford Escort RS.

E nada mais foi como dantes!