CHEGA O SENHOR DO HÓQUEI, por Rui Alves

O Pavilhão dos Desportos, recebe no princípio da década de 60, o Mundial de Juniores de Hóquei em Patins. O mesmo rinque, onde a seleção nacional em 1947, tinha conquistado o primeiro título mundial do desporto português.

Escolhido pela primeira vez para representar a seleção nacional, está um jovem alentejano de 17 anos, aquele que anos mais tarde, se dizia que o aléu fazia parte do braço de António José Parreira Livramento.

Mais de seis mil pessoas, enchem o Pavilhão dos Desportos construído no Brasil em 1922 e que duas décadas mais tarde seria desmontado e transferido para Portugal, para depois ser rebatizado como Pavilhão Carlos Lopes.

O jogo coloca frente a frente as duas seleções da Península Ibérica. Livramento, camisola 5, ainda não o número que o viria a eternizar, desta vez não marca, mas é dele a jogada para o golo que viria a confirmar a vitória portuguesa.

Os jogadores lusos arrancam o título aos espanhóis que o tinham conquistado por duas vezes seguidas.

Livramento, tem uma estreia auspiciosa e premonitória, para além de ser o melhor marcador, é eleito como o melhor jogador do Torneio. Espantoso, sem dúvida, ninguém diria que só tinha aprendido a andar de patins seis meses antes!