A REVOLTA DO BOM GIGANTE, por Rui Alves

Em 1959, com 20 anos, José Torres chega ao Benfica. O início do Gigante que Goleou o Destino na formação encarnada não foi fácil. Enfrentaria a concorrência de José Águas, O Avançado que não Gostava de Futebol, o melhor goleador benfiquista depois de Eusébio.

Alto e desengonçado e sem a pinta de jogador da bola não esmorece. Conquista a titularidade na sua terceira época no clube lisboeta. Com o lugar reservado entre os onze da equipa benfiquista e também na equipa das quinas, inicia as inúmeras batalhas que teve com os duros, por vezes violentos, defesas centrais das equipas adversárias.

O Bom Gigante como também seria conhecido, faz então uma dupla com Eusébio que se revelaria demolidora, os dois avançados iriam ser responsáveis por centenas de golos.

Porém, a Torres estava reservado o papel de invadir o espaço aéreo controlado pela robusta linha defensiva. E todos os meios eram permitidos, desde que não fossem visíveis ao árbitro.

Reconhecido como goleador, marca em 21 épocas seguidas na Primeira Divisão. Este avançado com mais 1,90 metros de altura, é um dos maiores goleadores do futebol lusitano.

E é o principal culpado pelo terceiro lugar de Portugal no já muito distante Campeonato do Mundo de 1966.