A PRIMEIRA PÉTALA DE OURO por Rui Alves
É no ano de 1982 que a Maratona feminina integra pela primeira vez o Campeonato da Europa de Atletismo, a estreia da prova só podia ser em Atenas.
Segundo a lenda, muitos séculos atrás, a cidade-estado da Grécia antiga é obrigada a defender-se da ameaça dos Persas. O exército ateniense mobiliza-se, as mulheres ficam na cidade receando pela própria vida, na ausência de notícias da batalha, elas cumpririam a promessa, de extinguir a sua própria existência.
A invasão oriental é travada e rechaçada na Planície de Maratona. Portador da boa nova, o soldado Philipíades, percorre em grande velocidade os 42 quilómetros, exausto chega a Atenas, apazigua os atemorizados corações, dá o último suspiro e tomba morto.
A imagem do sexo feminino, é de um ser delicado e frágil, pouco dado a provas de grande resistência sendo impossível a uma senhora correr a Maratona, prova temerária que punha ao dispor dos Deuses a sua própria vida, só perto do século XX, a mulher demonstra ao mundo que é dona da sua própria vida.
Na estreia da Maratona, no Mundial de Atletismo, a representação de Portugal, está entregue a Rosa Mota, as expectativas não são muitas, talvez só José Pedrosa, médico de profissão, que pouco tempo antes, inebriado com o talento da Rosa, trata e cura, impedindo uma praga maldita que ameaçava a carreira desportiva desta mulher do Porto, devolvendo ao atletismo nacional uma atleta confiante.
O início é atribulado nos primeiros 10 quilómetros, com mais de um minuto de atraso em relação ao pelotão da frente, Rosa surpreende, é notável a recuperação, aos 30 quilómetros faz parte do trio da frente quando decide atacar.
Isolada entra no Estádio e conquista o orgulho de ser a primeira mulher a vencer uma Maratona. Campeã da Europa no mesmo percurso mítico e trágico que o soldado grego fizera 23 séculos atrás, esta Rosa que é única, conquista a primeira pétala de ouro.
Segundo a lenda, muitos séculos atrás, a cidade-estado da Grécia antiga é obrigada a defender-se da ameaça dos Persas. O exército ateniense mobiliza-se, as mulheres ficam na cidade receando pela própria vida, na ausência de notícias da batalha, elas cumpririam a promessa, de extinguir a sua própria existência.
A invasão oriental é travada e rechaçada na Planície de Maratona. Portador da boa nova, o soldado Philipíades, percorre em grande velocidade os 42 quilómetros, exausto chega a Atenas, apazigua os atemorizados corações, dá o último suspiro e tomba morto.
A imagem do sexo feminino, é de um ser delicado e frágil, pouco dado a provas de grande resistência sendo impossível a uma senhora correr a Maratona, prova temerária que punha ao dispor dos Deuses a sua própria vida, só perto do século XX, a mulher demonstra ao mundo que é dona da sua própria vida.
Na estreia da Maratona, no Mundial de Atletismo, a representação de Portugal, está entregue a Rosa Mota, as expectativas não são muitas, talvez só José Pedrosa, médico de profissão, que pouco tempo antes, inebriado com o talento da Rosa, trata e cura, impedindo uma praga maldita que ameaçava a carreira desportiva desta mulher do Porto, devolvendo ao atletismo nacional uma atleta confiante.
O início é atribulado nos primeiros 10 quilómetros, com mais de um minuto de atraso em relação ao pelotão da frente, Rosa surpreende, é notável a recuperação, aos 30 quilómetros faz parte do trio da frente quando decide atacar.
Isolada entra no Estádio e conquista o orgulho de ser a primeira mulher a vencer uma Maratona. Campeã da Europa no mesmo percurso mítico e trágico que o soldado grego fizera 23 séculos atrás, esta Rosa que é única, conquista a primeira pétala de ouro.