A equipa portista construída por José Mourinho, versão do Porto 2003, apresenta novos jogadores como Paulo Ferreira vindo de Setúbal, Pedro Emanuel que chega do vizinho Boavista, Nuno Valente depois de representar o União de Leiria, do grande rival de Lisboa vem Maniche e Derlei o ninja, e que se juntam a Baía, Jorge Costa, Deco, Costinha...

No Campeonato Nacional, os 11 pontos de avanço sobre o Benfica demonstram o domínio avassalador do Norte. Mourinho é o primeiro técnico português a juntar Campeonato e uma taça europeia no mesmo ano.

No entanto, a caminhada triunfal na Taça UEFA até às margens do Guadalquivir, foi longo como o rio, a equipa portista esmaga todos os adversários que lhe aparecem à frente, incluindo clubes ilustres como Áustria Viena, Lazio ou Panathinaicos, com os gregos reviravolta épica depois da derrota nas Antas.

O FC Porto alcança a final louca de Sevilha, depois do treinador, adepto confesso do Vitória de Setúbal, convencer os avançados que tem de defender e fazer do maestro Deco, um recuperador de bola. Num ambiente frenético, a equipa da cidade invicta apresenta 9 portugueses frente a uma equipa escocesa, campeã europeia, em 1967 no Estádio Nacional, e que na sua constituição apresenta vários internacionais de diferentes países.

O grande herói do jogo... é o espírito guerreiro de um avançado de raça, que marca dois golos da vitória azul e branca na Taça UEFA, frente ao Celtic, o brasileiro que também no Jamor, aponta o golo solitário frente ao União de Leiria, na final da Taça de Portugal.

A 21 de Maio de 2003, tarde de intenso calor na capital andaluza, a vitória portuguesa marca o primeiro sucesso de José Mourinho na conquista da Europa. A festa começou em Espanha alastrou-se ao Porto, dos Clérigos e a Giralda de Sevilha presenciaram uma festa até ao nascer do sol...