Na edição número 94 da maratona mais antiga dos Estados Unidos, e onde durante muitas décadas não foi permitida a participação das mulheres, Rosa Mota dominaria a corrida a seu bel-prazer.

As adversárias cedo se mostraram impotentes perante o ritmo imposto pela atleta do Porto que correria isolada mais de metade da prova.

Rosa triunfa pela terceira vez em quatro anos, em 19 anos de competição feminina desta maratona norte-americana, foi a primeira vez que tal feito foi alcançado por uma mulher.

A atleta portuguesa iria gastar 2 horas, 25 minutos e 24 segundos para concluir o percurso de 42 quilómetros e com uma vantagem de mais de dois minutos sobre a alemã Utta Pippig.

Com o êxito arrecada o prémio de cinquenta mil dólares e um automóvel, a campeã da Europa (1982 e 1986) do mundo (1987) e olímpica (1988) soma a décima segunda vitória nas 17 maratonas em que participou até então.

É também a primeira vitória na condição de federada, depois do conflito em que se viu envolvida com a Federação Portuguesa de Atletismo, convém ainda referir que em 1990, resultados abaixo das 2 horas e 26 minutos são ainda muito raros na maratona feminina.