VITORINO por João Carlos Callixto
1979 - "Os Homens do Largo"
O Alentejo, mais concretamente a vila do Redondo, é o berço do músico de hoje aqui no “Gramofone”. Vitorino Salomé Vieira, ou apenas Vitorino, há mais de 40 anos que canta e encanta sucessivas gerações, com as suas histórias que cruzam imaginários rurais e urbanos.
Depois de deambulações entre Lisboa e Paris, e tendo também feito parte do grupo de pop rock Jotta Herre – numa fase posterior à gravação de “Penina”, original de Paul McCartney – Vitorino acaba por se estabelecer em Lisboa. Em Março de 1974, participa no I Encontro da Canção Portuguesa, evento onde fica definida “Grândola, Vila Morena”, de José Afonso, como senha da revolução.
No mesmo ano, participa no segundo álbum de Fausto, “P'ró Que Der e Vier”, onde além de cantar surge também aos comandos de um sintetizador moog. Já em 1975, este instrumento é um dos motores no álbum “Bota-Fora”, de Carlos Cavalheiro e Júlio Pereira, e onde Vitorino participa nos coros.
Júlio Pereira está também no nosso momento de hoje: é um dos três músicos que acompanha em palco Vitorino nesta interpretação ao vivo em 1979 de “Os Homens do Largo”, um original seu então inédito em disco. Carlos Salomé, irmão do cantautor, e Pedro Caldeira Cabral, na guitarra portuguesa, completam o pequeno grupo.
Passavam então mais de três anos da estreia em álbum de Vitorino, com “Semear Salsa ao Reguinho”, um disco que trazia vários originais e dois populares alentejanos recolhidos também por si: “Vou-me Embora, Vou Partir” e “Menina Estás à Janela”. “Os Malteses”, álbum de 1977 também publicado pelo selo Orfeu, de Arnaldo Trindade, traz o escritor Manuel da Fonseca como convidado para dizer um poema de sua autoria.
No mesmo ano e na mesma editora, Vitorino produz o álbum “Ó Rama, Ó Que Linda Rama”, de Teresa Silva Carvalho. Mais conhecida como fadista, a cantora comprova aqui um talento bem transversal, e é num seu concerto no Teatro Villaret, captado pela RTP, que convida o músico do Redondo para cantar.
Em 1980, “Os Homens do Largo” é precisamente o tema que abre "Melro", o primeiro disco do irmão Janita. O seu autor só o viria a gravar em 1985, no álbum “Sul”. Por essas alturas, depois da “Queda do Império”, já a música de Vitorino era conhecida de todos os portugueses. Assim continuará, como voz inconformada e sempre pronta para surpreender.
Depois de deambulações entre Lisboa e Paris, e tendo também feito parte do grupo de pop rock Jotta Herre – numa fase posterior à gravação de “Penina”, original de Paul McCartney – Vitorino acaba por se estabelecer em Lisboa. Em Março de 1974, participa no I Encontro da Canção Portuguesa, evento onde fica definida “Grândola, Vila Morena”, de José Afonso, como senha da revolução.
No mesmo ano, participa no segundo álbum de Fausto, “P'ró Que Der e Vier”, onde além de cantar surge também aos comandos de um sintetizador moog. Já em 1975, este instrumento é um dos motores no álbum “Bota-Fora”, de Carlos Cavalheiro e Júlio Pereira, e onde Vitorino participa nos coros.
Júlio Pereira está também no nosso momento de hoje: é um dos três músicos que acompanha em palco Vitorino nesta interpretação ao vivo em 1979 de “Os Homens do Largo”, um original seu então inédito em disco. Carlos Salomé, irmão do cantautor, e Pedro Caldeira Cabral, na guitarra portuguesa, completam o pequeno grupo.
Passavam então mais de três anos da estreia em álbum de Vitorino, com “Semear Salsa ao Reguinho”, um disco que trazia vários originais e dois populares alentejanos recolhidos também por si: “Vou-me Embora, Vou Partir” e “Menina Estás à Janela”. “Os Malteses”, álbum de 1977 também publicado pelo selo Orfeu, de Arnaldo Trindade, traz o escritor Manuel da Fonseca como convidado para dizer um poema de sua autoria.
No mesmo ano e na mesma editora, Vitorino produz o álbum “Ó Rama, Ó Que Linda Rama”, de Teresa Silva Carvalho. Mais conhecida como fadista, a cantora comprova aqui um talento bem transversal, e é num seu concerto no Teatro Villaret, captado pela RTP, que convida o músico do Redondo para cantar.
Em 1980, “Os Homens do Largo” é precisamente o tema que abre "Melro", o primeiro disco do irmão Janita. O seu autor só o viria a gravar em 1985, no álbum “Sul”. Por essas alturas, depois da “Queda do Império”, já a música de Vitorino era conhecida de todos os portugueses. Assim continuará, como voz inconformada e sempre pronta para surpreender.