TANTRA por João Carlos Callixto
11 Fev 1979 - "Ji"
O rock progressivo aterra hoje no “Gramofone” com uma das bandas mais marcantes do género entre nós: os Tantra. No final da década de 70, o sucesso era tal que chegou a encher o Coliseu dos Recreios e consequentemente a abrir o caminho para o famoso boom do rock de 1980. O momento de hoje é de 1979 e faz parte do programa “Semi-breves”, da RTP. Os Tantra estavam em estúdio com a composição “Ji”, que integra o segundo álbum do grupo, “Holocausto”, e eram então um quinteto.
Manuel Cardoso (na guitarra e voz) e Américo Luís (no baixo) eram membros fundadores, aos quais se tinha juntado pouco depois o baterista António José de Almeida. Pelo meio, em 1976, tinha ficado o disco de estreia, um single com as músicas “Novos Tempos” e “Alquimia da Luz”, onde já estava Armando Gama, nas teclas. Pouco mais de dois anos tinham passado do 25 de Abril, mas este era definitivamente um rock diferente.
Os álbuns “Mistérios e Maravilhas”, de 1977, e “Holocausto”, de 1978, comprovavam isso mesmo, com composições musicalmente e textualmente desafiadoras. Neste último, encontramos já como teclista Pedro Luís Neves, que permaneceria no grupo até ao final, e também o guitarrista Tony Moura, que tinha sido fundador dos portuenses Espaciais e Psico, na década de 60.
Outro dos membros que tinha passado pelo grupo era o também teclista Pedro Mestre e é ele o autor da música “Ji”, com texto de Manuel Cardoso. No disco, vinha a dedicatória ao guru indiano Maharaj Ji, hoje mais conhecido como Prem Rawat e pela suas palestras a favor da paz mundial.
No início da nova década de 80, os Tantra ainda gravam um 3.º álbum, “Humanoid Flesh”, mas o boom do rock português de que tinham sido precursores não terá recebido da melhor forma a mudança de língua para inglês nas músicas. Pedro Ayres Magalhães, baixista nesse trabalho, está então ao lado de António José de Almeida num outro projecto, os Heróis do Mar, enquanto Pedro Luís funda os Da Vinci. Manuel Cardoso ainda se lançou numa carreira a solo como produtor e músico, assinando também com o alter-ego Frodo, e formou outros projectos, como os Samurai e, mais recentemente, os PSI.
Manuel Cardoso (na guitarra e voz) e Américo Luís (no baixo) eram membros fundadores, aos quais se tinha juntado pouco depois o baterista António José de Almeida. Pelo meio, em 1976, tinha ficado o disco de estreia, um single com as músicas “Novos Tempos” e “Alquimia da Luz”, onde já estava Armando Gama, nas teclas. Pouco mais de dois anos tinham passado do 25 de Abril, mas este era definitivamente um rock diferente.
Os álbuns “Mistérios e Maravilhas”, de 1977, e “Holocausto”, de 1978, comprovavam isso mesmo, com composições musicalmente e textualmente desafiadoras. Neste último, encontramos já como teclista Pedro Luís Neves, que permaneceria no grupo até ao final, e também o guitarrista Tony Moura, que tinha sido fundador dos portuenses Espaciais e Psico, na década de 60.
Outro dos membros que tinha passado pelo grupo era o também teclista Pedro Mestre e é ele o autor da música “Ji”, com texto de Manuel Cardoso. No disco, vinha a dedicatória ao guru indiano Maharaj Ji, hoje mais conhecido como Prem Rawat e pela suas palestras a favor da paz mundial.
No início da nova década de 80, os Tantra ainda gravam um 3.º álbum, “Humanoid Flesh”, mas o boom do rock português de que tinham sido precursores não terá recebido da melhor forma a mudança de língua para inglês nas músicas. Pedro Ayres Magalhães, baixista nesse trabalho, está então ao lado de António José de Almeida num outro projecto, os Heróis do Mar, enquanto Pedro Luís funda os Da Vinci. Manuel Cardoso ainda se lançou numa carreira a solo como produtor e músico, assinando também com o alter-ego Frodo, e formou outros projectos, como os Samurai e, mais recentemente, os PSI.