SAMUEL por João Carlos Callixto
14 Nov 1981 - "Desafronta"
Um dos últimos cantautores a ser revelado antes de Abril foi Samuel, que hoje está em destaque no “Gramofone” com “Desafronta”, uma canção do seu primeiro álbum, “Ao Alcance das Mãos”. O ano é 1981 e o momento faz parte do programa “Sabadabadu", com Ivone Silva e Camilo de Oliveira. O álbum tinha sido publicado dois anos antes mas a carreira de Samuel tinha começado ainda no período pré-1974 e para tal foi determinante a figura de José Afonso. Depois de aventuras na área do pop rock, Samuel mostrara ao cantautor algumas novas canções e seriam os conselhos deste a levá-lo a escrever o material que depois seria incluído no EP “O Cantigueiro”, editado em 1972 pelo selo Orfeu, de Arnaldo Trindade.
No mesmo ano, Samuel participa no álbum “Fala do Homem Nascido”, dedicado à obra poética de António Gedeão e com música original de José Niza e arranjos de José Calvário. As outras três vozes nesse trabalho foram as de Carlos Mendes, Duarte Mendes e Tonicha, resultando o todo num dos discos mais marcantes dos últimos anos do Estado Novo. Com o 25 de Abril, chegam alguns trabalhos auto-editados por Samuel, como “De Pé pela Revolução” ou “Hino da Reforma Agrária”, que antecipam a assinatura com a editora Telectra e as primeiras participações no Festival da Canção, em 1979. Nessa edição do certame, o cantor apresenta-se em dose tripla, com duas canções a solo e ainda como elemento do grupo SARL, que se classificaria em 3.º lugar. Até 1984, quando concorre pela última vez e obtém a 2.ª posição, a voz e o talento de Samuel só não surgem no Festival na edição de 1983.
“Desafronta”, a nossa música de hoje, tem letra do poeta popular Manuel Alves e abria o álbum "Ao Alcance das Mãos", que contou com arranjos de Carlos Alberto Moniz. É ele também que está aqui neste momento, ao lado de outros músicos de primeira água: Ramón Galarza, na bateria, Armindo Neves, na guitarra eléctrica, Luís Duarte, no baixo, e João Paulo Esteves da Silva e Pedro Osório nas teclas, para além de uma potente secção de sopros. 38 anos e muitas águas passadas depois, "Sempre um Fim, Sempre um Começo" marca o regresso de Samuel aos discos. Oiçamo-lo!
No mesmo ano, Samuel participa no álbum “Fala do Homem Nascido”, dedicado à obra poética de António Gedeão e com música original de José Niza e arranjos de José Calvário. As outras três vozes nesse trabalho foram as de Carlos Mendes, Duarte Mendes e Tonicha, resultando o todo num dos discos mais marcantes dos últimos anos do Estado Novo. Com o 25 de Abril, chegam alguns trabalhos auto-editados por Samuel, como “De Pé pela Revolução” ou “Hino da Reforma Agrária”, que antecipam a assinatura com a editora Telectra e as primeiras participações no Festival da Canção, em 1979. Nessa edição do certame, o cantor apresenta-se em dose tripla, com duas canções a solo e ainda como elemento do grupo SARL, que se classificaria em 3.º lugar. Até 1984, quando concorre pela última vez e obtém a 2.ª posição, a voz e o talento de Samuel só não surgem no Festival na edição de 1983.
“Desafronta”, a nossa música de hoje, tem letra do poeta popular Manuel Alves e abria o álbum "Ao Alcance das Mãos", que contou com arranjos de Carlos Alberto Moniz. É ele também que está aqui neste momento, ao lado de outros músicos de primeira água: Ramón Galarza, na bateria, Armindo Neves, na guitarra eléctrica, Luís Duarte, no baixo, e João Paulo Esteves da Silva e Pedro Osório nas teclas, para além de uma potente secção de sopros. 38 anos e muitas águas passadas depois, "Sempre um Fim, Sempre um Começo" marca o regresso de Samuel aos discos. Oiçamo-lo!