SAGA por João Carlos Callixto
15 Dez 1976 - "No 20.º Aniversário da Morte do Poeta (Fragmento)"
Apesar de alguns afloramentos na primeira metade de 70s, o rock progressivo explodiu em Portugal já depois de 1974. Com composições do também arquitecto José Luís Tinoco, o álbum “Homo Sapiens”, dos Saga, explora o género e junta-lhe elementos de jazz, sendo publicado em 1976. Neste “Gramofone” vamos conhecer um fragmento de uma das músicas do disco, “No 20.º Aniversário da Morte do Poeta”, com texto do próprio José Luís Tinoco - que no ano anterior tinha escrito também letra e música de “Madrugada”, a canção com que Duarte Mendes vencera o Festival RTP da Canção.
No entanto, essa não era a estreia no certame nem na escrita para Duarte Mendes, que em 1971 tinha defendido pela primeira vez no Festival uma canção sua: “Adolescente”, que ficaria em 4.º lugar nesse ano da vitória de Tonicha. No ano seguinte, não só Duarte Mendes como Fernando Tordo levam músicas de Tinoco ao certame, algo que volta a acontecer no histórico Festival de 1976, com Carlos do Carmo a cantar “No Teu Poema” e “Os Lobos e Ninguém”.
Seria esse o ano deste “Homo Sapiens”, um LP conceptual que junta aos textos do músico a poesia de Bernardim Ribeiro, de Carlos de Oliveira ou de José Gomes Ferreira, entre outros. Nas vozes, surgem novos nomes e outros já com algum percurso: Carlos Rodrigues, Fernando Girão, José Fardilha, José Themudo Barata, Dulce Neves, Clara Pontes e Zé da Ponte. Estes três últimos integrariam em 1977 o sexteto Férias, que concorre também com uma canção homónima ao Festival da Canção.
O momento de hoje provém do programa "Ligeiríssimo" e é a única peça conhecida no arquivo RTP deste projecto de rock progressivo de curta duração. No entanto, esse factor não impediu que o LP se tornasse num objecto de colecção, cobiçado a nível internacional – o que terá estado na origem da reedição do mesmo, em 2002, na Coreia do Sul. Apesar de esta ter sido efectuada à revelia dos detentores dos direitos (de autor e conexos), na altura Tinoco mostrou numa entrevista o seu agrado pelo reconhecimento do trabalho e frisou que o importante era o disco voltar a estar disponível. Mais de 40 anos depois, vamos então voltar a ouvi-lo aqui.
No entanto, essa não era a estreia no certame nem na escrita para Duarte Mendes, que em 1971 tinha defendido pela primeira vez no Festival uma canção sua: “Adolescente”, que ficaria em 4.º lugar nesse ano da vitória de Tonicha. No ano seguinte, não só Duarte Mendes como Fernando Tordo levam músicas de Tinoco ao certame, algo que volta a acontecer no histórico Festival de 1976, com Carlos do Carmo a cantar “No Teu Poema” e “Os Lobos e Ninguém”.
Seria esse o ano deste “Homo Sapiens”, um LP conceptual que junta aos textos do músico a poesia de Bernardim Ribeiro, de Carlos de Oliveira ou de José Gomes Ferreira, entre outros. Nas vozes, surgem novos nomes e outros já com algum percurso: Carlos Rodrigues, Fernando Girão, José Fardilha, José Themudo Barata, Dulce Neves, Clara Pontes e Zé da Ponte. Estes três últimos integrariam em 1977 o sexteto Férias, que concorre também com uma canção homónima ao Festival da Canção.
O momento de hoje provém do programa "Ligeiríssimo" e é a única peça conhecida no arquivo RTP deste projecto de rock progressivo de curta duração. No entanto, esse factor não impediu que o LP se tornasse num objecto de colecção, cobiçado a nível internacional – o que terá estado na origem da reedição do mesmo, em 2002, na Coreia do Sul. Apesar de esta ter sido efectuada à revelia dos detentores dos direitos (de autor e conexos), na altura Tinoco mostrou numa entrevista o seu agrado pelo reconhecimento do trabalho e frisou que o importante era o disco voltar a estar disponível. Mais de 40 anos depois, vamos então voltar a ouvi-lo aqui.