RITA OLIVAES por João Carlos Callixto
15 Jul 1970 - "João dos Jornais"
A canção de protesto teve poucas vozes femininas e menos ainda quando falamos de compositoras. O “Gramofone” hoje visita o legado de um desses nomes – o de Rita Olivaes, que deixou quatro discos como intérprete e que se tornaria depois mais conhecida ao escrever para vozes como as de João Braga, António Mourão, António Sala, Alexandra ou Lara Li.
Aluna da Faculdade de Letras de Lisboa, Rita Olivaes era irmã do deputado José Pedro Pinto Leite, líder da Ala Liberal na Assembleia Nacional entre 1969 e 1970. A morte deste, num acidente aéreo na então Guiné Portuguesa, seria abordada pela cantora em “Águas do Rio Mansôa”, uma das faixas do seu terceiro disco, de 1971. A estreia tinha acontecido três anos antes, pela Valentim de Carvalho, no EP “Oração de Fim de Dia”, com notas de David Mourão-Ferreira, seu professor em Letras.
É também este autor que em 1970 entrevista Rita Olivaes para a RTP, numa peça transmitida no programa “Ensaio”. “João dos Jornais”, uma canção que retrata a vida dos jovens ardinas de então, foi aí apresentada numa versão diferente da gravada em disco, contando com a guitarra de Luís Duarte (mais conhecido como baixista e maestro) e o piano de Jorge Machado (responsável pelos arranjos dos primeiros dois EPs de Rita Olivaes). Nesse seu terceiro disco, a cantora teve a acompanhá-la Pedro Osório, que voltaria às mesmas funções em 1973, no último trabalho como intérprete daquela.
Entretanto, Rita Olivaes iniciara uma carreira também como compositora, com actividade até quase aos nossos dias, escrevendo para os nomes já referidos acima e para outros, alguns deles concorrentes ao Festival RTP da Canção. O lugar mais elevado que obteve no certame foi o quarto, que ocorreu precisamente com João Braga – com “Amor de Raiz”, em 1972 – e com o Duo Ouro Negro – com “Bailia dos Trovadores”, em 1974. Depois de canções suas chegarem também às vozes de Teresa Silva Carvalho, Luz Sá da Bandeira ou António Pinto Basto, Rita Olivaes apresenta em 1997 uma longa entrevista biográfica em livro com Simone de Oliveira, com o título “Eu, Simone, Me Confesso”.
Aluna da Faculdade de Letras de Lisboa, Rita Olivaes era irmã do deputado José Pedro Pinto Leite, líder da Ala Liberal na Assembleia Nacional entre 1969 e 1970. A morte deste, num acidente aéreo na então Guiné Portuguesa, seria abordada pela cantora em “Águas do Rio Mansôa”, uma das faixas do seu terceiro disco, de 1971. A estreia tinha acontecido três anos antes, pela Valentim de Carvalho, no EP “Oração de Fim de Dia”, com notas de David Mourão-Ferreira, seu professor em Letras.
É também este autor que em 1970 entrevista Rita Olivaes para a RTP, numa peça transmitida no programa “Ensaio”. “João dos Jornais”, uma canção que retrata a vida dos jovens ardinas de então, foi aí apresentada numa versão diferente da gravada em disco, contando com a guitarra de Luís Duarte (mais conhecido como baixista e maestro) e o piano de Jorge Machado (responsável pelos arranjos dos primeiros dois EPs de Rita Olivaes). Nesse seu terceiro disco, a cantora teve a acompanhá-la Pedro Osório, que voltaria às mesmas funções em 1973, no último trabalho como intérprete daquela.
Entretanto, Rita Olivaes iniciara uma carreira também como compositora, com actividade até quase aos nossos dias, escrevendo para os nomes já referidos acima e para outros, alguns deles concorrentes ao Festival RTP da Canção. O lugar mais elevado que obteve no certame foi o quarto, que ocorreu precisamente com João Braga – com “Amor de Raiz”, em 1972 – e com o Duo Ouro Negro – com “Bailia dos Trovadores”, em 1974. Depois de canções suas chegarem também às vozes de Teresa Silva Carvalho, Luz Sá da Bandeira ou António Pinto Basto, Rita Olivaes apresenta em 1997 uma longa entrevista biográfica em livro com Simone de Oliveira, com o título “Eu, Simone, Me Confesso”.