RITA GUERRA por João Carlos Callixto
7 Abr 1991 - "Manuel"
Rita Guerra é uma das vozes mais populares da canção nas últimas três décadas e meia, mas os primeiros passos do seu percurso, hoje aqui recordados, são muito menos conhecidos hoje em dia. Num Portugal que parece distante mas ao mesmo tempo bem próximo, a jovem de 23 anos nascida na Estrela, em Lisboa, não era neste ano de 1991 uma verdadeira principiante. O seu primeiro álbum tinha já sido publicado no ano anterior e a carreira tinha de facto começado ainda no final dos anos 80.
O primeiro disco em que Rita Guerra participa é publicado em 1988. “Sonhando Acordado” é um trabalho do cantor luso-brasileiro Abílio Herlander e nele a cantora surge nos coros ao lado de Ana Paula Oliveira. O álbum trazia sucessos da canção ligeira portuguesa e juntava-lhes temas mais recentes como “Pedra Filosofal”,de António Gedeão e Manuel Freire, ou “Amantes”, de José Cid.
Em 1989, Rita Guerra começa a cantar no Casino Estoril, chegando a abrir em concerto para o cantor belga Adamo. A multinacional PolyGram assina então contrato com a artista, com o objectivo de lhe publicar um primeiro álbum em nome próprio. “Pormenores sem a Mínima Importância”, editado no final do Verão de 1990, é um trabalho que ainda hoje prende quem sobre ele se debruça. Com músicos como Zé Nabo, Rui Veloso, Moz Carrapa, Manuel Paulo, Nana Sousa Dias e os dois Taxi Henrique Oliveira e Rui Taborda, o disco torna-se também quase um “who’s who” do pop rock portuguesa da época. A produção coube a Zé Nabo e a António Avelar de Pinho, que assinou também quase todas as letras, embora sob pseudónimo. Numa época em que o CD já se vulgarizava no mercado mainstream nacional, a edição em LP deste álbum tornou-se uma peça bem cobiçada, trocando de mãos por valores acima dos três dígitos...
Participando no álbum dos LX-90, em “Camões, as Descobertas... e Nós” (1992), de José Cid, no qual canta acompanhada pelo sitar do músico; ou em “Pedras da Calçadas” (também de 1992), de Paulo Gonzo, os passos vão sendo dados para a ascensão ao sucesso que merecidamente alcançou. A passagem pelo Festival RTP da Canção em 1992 foi também outro desses momentos, revalidado em 2003 com a segunda vez em que a RTP resolve conquistar um único cantor a interpretar as várias canções a concurso – a primeira tinha sido em 1976, com Carlos do Carmo.
As imagens neste “Gramofone” vêm do programa “Regresso ao Passado”, de Júlio Isidro, e nelas vemos Rita Guerra a dar voz a um original do catalão Joan Manuel Serrat, vertida para português em 1969 pelo poeta Alexandre O’Neill. O próprio cantautor tinha-a gravado então num LP feito em exclusivo para o mercado português, “Joan Manuel Serrat ... e as Suas Canções”. Também desta forma ficava bem patente a versatilidade e o talento de Rita Guerra, que em dueto com Beto ou nos seus inúmeros trabalhos a solo gravados até hoje não pára de conquistar o público.
O primeiro disco em que Rita Guerra participa é publicado em 1988. “Sonhando Acordado” é um trabalho do cantor luso-brasileiro Abílio Herlander e nele a cantora surge nos coros ao lado de Ana Paula Oliveira. O álbum trazia sucessos da canção ligeira portuguesa e juntava-lhes temas mais recentes como “Pedra Filosofal”,de António Gedeão e Manuel Freire, ou “Amantes”, de José Cid.
Em 1989, Rita Guerra começa a cantar no Casino Estoril, chegando a abrir em concerto para o cantor belga Adamo. A multinacional PolyGram assina então contrato com a artista, com o objectivo de lhe publicar um primeiro álbum em nome próprio. “Pormenores sem a Mínima Importância”, editado no final do Verão de 1990, é um trabalho que ainda hoje prende quem sobre ele se debruça. Com músicos como Zé Nabo, Rui Veloso, Moz Carrapa, Manuel Paulo, Nana Sousa Dias e os dois Taxi Henrique Oliveira e Rui Taborda, o disco torna-se também quase um “who’s who” do pop rock portuguesa da época. A produção coube a Zé Nabo e a António Avelar de Pinho, que assinou também quase todas as letras, embora sob pseudónimo. Numa época em que o CD já se vulgarizava no mercado mainstream nacional, a edição em LP deste álbum tornou-se uma peça bem cobiçada, trocando de mãos por valores acima dos três dígitos...
Participando no álbum dos LX-90, em “Camões, as Descobertas... e Nós” (1992), de José Cid, no qual canta acompanhada pelo sitar do músico; ou em “Pedras da Calçadas” (também de 1992), de Paulo Gonzo, os passos vão sendo dados para a ascensão ao sucesso que merecidamente alcançou. A passagem pelo Festival RTP da Canção em 1992 foi também outro desses momentos, revalidado em 2003 com a segunda vez em que a RTP resolve conquistar um único cantor a interpretar as várias canções a concurso – a primeira tinha sido em 1976, com Carlos do Carmo.
As imagens neste “Gramofone” vêm do programa “Regresso ao Passado”, de Júlio Isidro, e nelas vemos Rita Guerra a dar voz a um original do catalão Joan Manuel Serrat, vertida para português em 1969 pelo poeta Alexandre O’Neill. O próprio cantautor tinha-a gravado então num LP feito em exclusivo para o mercado português, “Joan Manuel Serrat ... e as Suas Canções”. Também desta forma ficava bem patente a versatilidade e o talento de Rita Guerra, que em dueto com Beto ou nos seus inúmeros trabalhos a solo gravados até hoje não pára de conquistar o público.