POPELINE BEIJE por João Carlos Callixto
3 Abr 1983 - "Chama de Outono"
Formados em 1981, em Cascais, os Popeline Beije não foram um grupo de um só disco como vários da mesma geração – na realidade, gravaram dois trabalhos, ambos singles, mas não lograram chegar ao ambicionado LP. A sua visão da pop, marcada pela new wave inglesa e americana, chega aqui ao “Gramofone” através da canção “Chama de Outono”, que dava título ao seu segundo disco, em 1983. Na formação do grupo, encontramos músicos que depois estariam nos Rádio Macau.
Com meses de percurso, o grupo assina contrato com a multinacional PolyGram, editora que lhes publica os dois singles. Para a produção, foi destacado António Avelar de Pinho, antigo integrante da Filarmónica Fraude e da Banda do Casaco, e que nesta altura do boom do rock em Portugal esteve também por trás de discos de Rui Veloso, dos Taxi e dos Heróis do Mar. Os Popeline Beije eram então formados por Luís Filipe Valentim (voz, teclas), Alexandre Correia (guitarra), João Barros (baixo) e José Braz (violino), surgindo no primeiro registo o baterista Emanuel Ramalho ainda como convidado. A fotografia do grupo (onde não surgia Ramalho) foi tirada pelo jornalista Manuel Falcão, que no ano seguinte seria também responsável pela fotografia dos Jafumega para a capa do single “La Dolce Vita” e que em 1984 seria o primeiro director do jornal Blitz.
A utilização do violino era um dos factores distintivos do grupo. Antes deles, os portuenses King Fisher’s Band tinham tido o violinista Américo Magalhães no seu único disco (“Roda na Roda / Vai Menina Vai”, de 1981) e em 1985 seria a vez dos Croix Sainte, com Daniel Leão e o seu violino no máxi “The Life of He”. No entanto, esta faceta mais arrojada em termos de arranjos musicais seria plenamente conseguida precisamente neste segundo disco, com “Delírio” no lado B e sempre com autoria de Valentim e de Braz. Por trás das consolas de gravação, encontramos José Fortes, tendo o disco sido captado no seu Angel Studio. O videoclip da canção foi feito pela RTP para o programa "Vivamúsica" e aqui Emanuel Ramalho era já membro de pleno direiro dos Popeline Beije. O fim do percurso do grupo, pouco depois, levaria este último e Luís Filipe Valentim para a formação dos Rádio Macau que se estreia em disco em 1984, com um álbum homónimo.
Por seu lado, o guitarrista Alexandre Correia e o baixista João Barros formam na mesma altura os F.A.S. (Fantásticos Abridões da Selva) com dois Ópera Nova (Luís Beethoven, vocalista, e Pedro Veiga, teclista), que participam no 1.º Concurso de Música Moderna do Rock Rendez Vous, em 1984. No LP então editado, “Ao Vivo no Rock Rendez Vous em 1984”, incluem “Modernos Europeus”, mais um prenúncio da contemporaneidade desejada por este círculo de músicos. A obra dos Popeline Beije, mesmo curta, continua no entanto por redisponibilizar oficialmente às novas gerações.
Com meses de percurso, o grupo assina contrato com a multinacional PolyGram, editora que lhes publica os dois singles. Para a produção, foi destacado António Avelar de Pinho, antigo integrante da Filarmónica Fraude e da Banda do Casaco, e que nesta altura do boom do rock em Portugal esteve também por trás de discos de Rui Veloso, dos Taxi e dos Heróis do Mar. Os Popeline Beije eram então formados por Luís Filipe Valentim (voz, teclas), Alexandre Correia (guitarra), João Barros (baixo) e José Braz (violino), surgindo no primeiro registo o baterista Emanuel Ramalho ainda como convidado. A fotografia do grupo (onde não surgia Ramalho) foi tirada pelo jornalista Manuel Falcão, que no ano seguinte seria também responsável pela fotografia dos Jafumega para a capa do single “La Dolce Vita” e que em 1984 seria o primeiro director do jornal Blitz.
A utilização do violino era um dos factores distintivos do grupo. Antes deles, os portuenses King Fisher’s Band tinham tido o violinista Américo Magalhães no seu único disco (“Roda na Roda / Vai Menina Vai”, de 1981) e em 1985 seria a vez dos Croix Sainte, com Daniel Leão e o seu violino no máxi “The Life of He”. No entanto, esta faceta mais arrojada em termos de arranjos musicais seria plenamente conseguida precisamente neste segundo disco, com “Delírio” no lado B e sempre com autoria de Valentim e de Braz. Por trás das consolas de gravação, encontramos José Fortes, tendo o disco sido captado no seu Angel Studio. O videoclip da canção foi feito pela RTP para o programa "Vivamúsica" e aqui Emanuel Ramalho era já membro de pleno direiro dos Popeline Beije. O fim do percurso do grupo, pouco depois, levaria este último e Luís Filipe Valentim para a formação dos Rádio Macau que se estreia em disco em 1984, com um álbum homónimo.
Por seu lado, o guitarrista Alexandre Correia e o baixista João Barros formam na mesma altura os F.A.S. (Fantásticos Abridões da Selva) com dois Ópera Nova (Luís Beethoven, vocalista, e Pedro Veiga, teclista), que participam no 1.º Concurso de Música Moderna do Rock Rendez Vous, em 1984. No LP então editado, “Ao Vivo no Rock Rendez Vous em 1984”, incluem “Modernos Europeus”, mais um prenúncio da contemporaneidade desejada por este círculo de músicos. A obra dos Popeline Beije, mesmo curta, continua no entanto por redisponibilizar oficialmente às novas gerações.