PHAROAH SANDERS por João Carlos Callixto
11 Nov 1984 - "Too Young to Go Steady"
O Festival de Jazz de Cascais rompeu barreiras logo desde o início, em 1971, ainda em tempo de ditadura. No “Gramofone” de hoje fazemos luz sobre a edição de 1984, onde marcou presença o lendário saxofonista americano Pharoah Sanders. Nome maior das explorações free jazz, surge aqui com “Too Young to Go Steady”. A música é um standard dos anos 50, gravado primeiro por Nat King Cole, e é da autoria de Jimmy McHugh com letra (no original) de Harold Adamson. Pharoah inclui a sua versão instrumental no álbum "Shukuru", de 1985, onde contava com a presença do baterista Idris Muhammad, dono também das baquetas neste momento de hoje.
Os dois outros músicos aqui são Kirk Lightsey, no piano, e Santi Debriano, no contrabaixo. Pharoah, por seu turno, tinha começado por se distinguir na década de 60, ao lado de John Coltrane, com quem gravou álbuns como “Ascension” ou “Meditations”. A sua discografia como líder começara já em 1965, em formato quinteto, com um álbum gravado para o mítico selo ESP. Segue-se a editora Impulse, onde Pharoah Sanders grava a parte porventura mais conhecida da sua obra, com discos como “Tauhid”, de 1967, ou "Karma" e "Jewels of Thought", ambos de 1969, a tornarem-se clássicos do free jazz.
As explorações sonoras e espirituais de Pharoah Sanders continuaram ao longo da década de 70, em que em paralelo grava com Alice Coltrane ou vê editadas faixas que tinha registado em 60s com a orquestra de Sun Ra. Este mítico músico passaria também por Portugal para se apresentar ao vivo, primeiro em 1982, no Festival de Vilar de Mouros, e depois em 1985, no mesmo Cascais Jazz que aqui nos traz hoje. Nesta edição de 1984, em que Pharoah Sanders foi um dos nomes principais, o Festival decorreu no Pavilhão dos Salesianos, no Estoril – que era o seu palco desde 1981. De então para cá, o saxofonista americano já voltou a Portugal mais do que uma vez e tem continuado a construir uma obra maior no jazz e nos cruzamentos musicais. Sempre jovem para parar, como o título da música e como era também o espírito de um apaixonado por estas e (muitas) outras músicas que nos deixou há dias e que ainda me deu umas dicas para este “Gramofone”: Ruben de Carvalho. É para ele a emissão de hoje!
Os dois outros músicos aqui são Kirk Lightsey, no piano, e Santi Debriano, no contrabaixo. Pharoah, por seu turno, tinha começado por se distinguir na década de 60, ao lado de John Coltrane, com quem gravou álbuns como “Ascension” ou “Meditations”. A sua discografia como líder começara já em 1965, em formato quinteto, com um álbum gravado para o mítico selo ESP. Segue-se a editora Impulse, onde Pharoah Sanders grava a parte porventura mais conhecida da sua obra, com discos como “Tauhid”, de 1967, ou "Karma" e "Jewels of Thought", ambos de 1969, a tornarem-se clássicos do free jazz.
As explorações sonoras e espirituais de Pharoah Sanders continuaram ao longo da década de 70, em que em paralelo grava com Alice Coltrane ou vê editadas faixas que tinha registado em 60s com a orquestra de Sun Ra. Este mítico músico passaria também por Portugal para se apresentar ao vivo, primeiro em 1982, no Festival de Vilar de Mouros, e depois em 1985, no mesmo Cascais Jazz que aqui nos traz hoje. Nesta edição de 1984, em que Pharoah Sanders foi um dos nomes principais, o Festival decorreu no Pavilhão dos Salesianos, no Estoril – que era o seu palco desde 1981. De então para cá, o saxofonista americano já voltou a Portugal mais do que uma vez e tem continuado a construir uma obra maior no jazz e nos cruzamentos musicais. Sempre jovem para parar, como o título da música e como era também o espírito de um apaixonado por estas e (muitas) outras músicas que nos deixou há dias e que ainda me deu umas dicas para este “Gramofone”: Ruben de Carvalho. É para ele a emissão de hoje!