PAULO DE CARVALHO & FLUIDO por João Carlos Callixto
Programa “Ensaio”, 2 Ago 1970 - "The Day of the Angels"
A voz de Paulo de Carvalho é sem dúvida uma das mais conhecidas e aplaudidas da música portuguesa e está hoje aqui em destaque no “Gramofone”. Também compositor de primeira água, Paulo tem uma carreira a solo a caminho das cinco décadas, sempre pautada pela diversidade de experiências e de cruzamentos, sem renegar quaisquer influências que possam enriquecer o seu talento.
Em meados da década de 60, é como baterista e cantor dos Sheiks que o encontramos. Com este quarteto bem popular na área do pop rock nacional grava vários discos, até que abandona o projecto em 1968, juntando-se por um período ao Thilo’s Combo. Logo nesse ano, funda também a Banda 4 ao lado de Luís Romão, de Cristiano Semedo e de Luís Monteiro. Indo beber tanto à música soul como ao psicadelismo, este grupo grava apenas um EP, composto exclusivamente por originais, e onde surge ainda Edmundo Silva, dos Sheiks. O tema “O Ribeiro”, que fechava o disco, era o único cantado em português, e à sua sonoridade bucólica juntava-se o exotismo de um kissange.
Apesar de entre nós o psicadelismo não ter deixado quase rasto em álbum, em formato EP e single há diversas páginas maiores que importa conhecer – e a várias delas está ligado o nome de Paulo de Carvalho, quer como intérprete quer como compositor. Assim, é de forma perfeitamente natural que, após a dissolução da Banda 4, surja de seguida o projecto Fluido, mais ambicioso em termos literário-musicais.
A estreia em disco deste novo grupo ocorre no Verão de 1969, com o EP que abre com “A Idade dos Lilases”. Logo depois, é publicado o single “O Dia da Lua”, em que o texto do poeta Dórdio Guimarães celebrava a recente conquista espacial da Humanidade. A canção de hoje, “The Day of the Angels”, era a primeira do terceiro e último disco do grupo, editado em 1970, e tem letra de Vasco de Noronha.
Paulo de Carvalho tinha-se estreado entretanto no Festival RTP da Canção de 1970 com “Corre ‘Nina”, onde obtém um 4º lugar, e surge aqui no programa “Ensaio”, da RTP, em Agosto do mesmo ano. Com coordenação e apresentação do radialista João Martins, o programa já tinha divulgado alguns dos nomes novos da nossa música, como Fausto ou os Jotta Herre.
Quatro anos antes de “E Depois do Adeus”, vamos então conhecer melhor os primeiros passos de Paulo de Carvalho!
Em meados da década de 60, é como baterista e cantor dos Sheiks que o encontramos. Com este quarteto bem popular na área do pop rock nacional grava vários discos, até que abandona o projecto em 1968, juntando-se por um período ao Thilo’s Combo. Logo nesse ano, funda também a Banda 4 ao lado de Luís Romão, de Cristiano Semedo e de Luís Monteiro. Indo beber tanto à música soul como ao psicadelismo, este grupo grava apenas um EP, composto exclusivamente por originais, e onde surge ainda Edmundo Silva, dos Sheiks. O tema “O Ribeiro”, que fechava o disco, era o único cantado em português, e à sua sonoridade bucólica juntava-se o exotismo de um kissange.
Apesar de entre nós o psicadelismo não ter deixado quase rasto em álbum, em formato EP e single há diversas páginas maiores que importa conhecer – e a várias delas está ligado o nome de Paulo de Carvalho, quer como intérprete quer como compositor. Assim, é de forma perfeitamente natural que, após a dissolução da Banda 4, surja de seguida o projecto Fluido, mais ambicioso em termos literário-musicais.
A estreia em disco deste novo grupo ocorre no Verão de 1969, com o EP que abre com “A Idade dos Lilases”. Logo depois, é publicado o single “O Dia da Lua”, em que o texto do poeta Dórdio Guimarães celebrava a recente conquista espacial da Humanidade. A canção de hoje, “The Day of the Angels”, era a primeira do terceiro e último disco do grupo, editado em 1970, e tem letra de Vasco de Noronha.
Paulo de Carvalho tinha-se estreado entretanto no Festival RTP da Canção de 1970 com “Corre ‘Nina”, onde obtém um 4º lugar, e surge aqui no programa “Ensaio”, da RTP, em Agosto do mesmo ano. Com coordenação e apresentação do radialista João Martins, o programa já tinha divulgado alguns dos nomes novos da nossa música, como Fausto ou os Jotta Herre.
Quatro anos antes de “E Depois do Adeus”, vamos então conhecer melhor os primeiros passos de Paulo de Carvalho!