PAUL CONNOR por João Carlos Callixto
7 Ago 1972 - "Nobody Loves Me"
Apesar de ser um nome grande da música na ilha de Aruba, onde nasceu, hoje em dia Paul Connor é pouco recordado na Europa, onde alcançou sucesso nas décadas de 60 e 70 e onde continua a residir. É sobre ele que incidem os holofotes neste “Gramofone”!
Depois de se ter sagrado rei do "calipso" em 1964, Connor estabelece-se nos Países Baixos, e é lá que o grupo de origem angolana Os Rocks o vai encontrar em 1968. Com Eduardo Nascimento ao comando do microfone, esta formação tinha já gravado um primeiro disco, em 1966, composto maioritariamente por versões de temas internacionais. Um ano depois, Nascimento vence o Festival da Canção, com “O Vento Mudou”, o que traz ainda mais popularidade ao grupo.
Paul Connor vem assim para Portugal como teclista dos Rocks e escreve desde logo dois originais para o novo disco destes: a canção-título “Don’t Blame Me” e ainda “Hold My Hand”. O grupo termina em 1969 e o músico começa pouco depois a sua carreira a solo.
Em 1971, é publicado o álbum “Easy to Remember, gravado em Londres e composto quase exclusivamente por originais de Paul Connor. O disco abre com a nossa canção de hoje, “Nobody Loves Me”, porventura a mais recordada do músico, e que chegou a ser alvo de uma versão pelo grupo Ineditus, em 1976, com Pedro Malagueta na voz. Mais recentemente, o músico americano Tyree Glenn Jr gravou na Alemanha uma nova versão do tema. Curiosamente, este saxofonista também viveu em Portugal na recta final dos anos 60 e também tocou com os Rocks, para além de ter integrado o Trio Barroco, com Pedro Osório, e o Thilo’s Combo, de Thilo Krasmann, gravando com ambos os grupos.
O momento do “Gramofone” de hoje foi captado em 1972 pela RTP para a série de programas de cariz biográfico “Um Dia com…”, numa altura em que o talento de Paul Connor se estendia também à escrita de músicas para alguns nomes novos da nossa música. Os Mini-Pop, com os irmãos Mário, Eugénio e Pedro Barreiros, mais tarde nos Jafumega, gravam nesse ano a sua canção “Beggars Can’t Be Choosers”; no ano seguinte, o cantor Cristóvão, que tinha integrado o Conjunto sem Nome e que fora lançado pelo músico e produtor Carlos Portugal e pelo maestro Sílvio Pleno, canta no seu terceiro disco três músicas de Paul Connor.
Muito por descobrir e conhecer, quer sobre a música portuguesa quer sobre a de outras paragens e que nem sempre tem a sorte de estar sob as actuais luzes da ribalta – mudemos o rumo, agora, com a voz e o talento de Paul Connor em “Nobody Loves Me”.
Depois de se ter sagrado rei do "calipso" em 1964, Connor estabelece-se nos Países Baixos, e é lá que o grupo de origem angolana Os Rocks o vai encontrar em 1968. Com Eduardo Nascimento ao comando do microfone, esta formação tinha já gravado um primeiro disco, em 1966, composto maioritariamente por versões de temas internacionais. Um ano depois, Nascimento vence o Festival da Canção, com “O Vento Mudou”, o que traz ainda mais popularidade ao grupo.
Paul Connor vem assim para Portugal como teclista dos Rocks e escreve desde logo dois originais para o novo disco destes: a canção-título “Don’t Blame Me” e ainda “Hold My Hand”. O grupo termina em 1969 e o músico começa pouco depois a sua carreira a solo.
Em 1971, é publicado o álbum “Easy to Remember, gravado em Londres e composto quase exclusivamente por originais de Paul Connor. O disco abre com a nossa canção de hoje, “Nobody Loves Me”, porventura a mais recordada do músico, e que chegou a ser alvo de uma versão pelo grupo Ineditus, em 1976, com Pedro Malagueta na voz. Mais recentemente, o músico americano Tyree Glenn Jr gravou na Alemanha uma nova versão do tema. Curiosamente, este saxofonista também viveu em Portugal na recta final dos anos 60 e também tocou com os Rocks, para além de ter integrado o Trio Barroco, com Pedro Osório, e o Thilo’s Combo, de Thilo Krasmann, gravando com ambos os grupos.
O momento do “Gramofone” de hoje foi captado em 1972 pela RTP para a série de programas de cariz biográfico “Um Dia com…”, numa altura em que o talento de Paul Connor se estendia também à escrita de músicas para alguns nomes novos da nossa música. Os Mini-Pop, com os irmãos Mário, Eugénio e Pedro Barreiros, mais tarde nos Jafumega, gravam nesse ano a sua canção “Beggars Can’t Be Choosers”; no ano seguinte, o cantor Cristóvão, que tinha integrado o Conjunto sem Nome e que fora lançado pelo músico e produtor Carlos Portugal e pelo maestro Sílvio Pleno, canta no seu terceiro disco três músicas de Paul Connor.
Muito por descobrir e conhecer, quer sobre a música portuguesa quer sobre a de outras paragens e que nem sempre tem a sorte de estar sob as actuais luzes da ribalta – mudemos o rumo, agora, com a voz e o talento de Paul Connor em “Nobody Loves Me”.