PACO BANDEIRA por João Carlos Callixto
24 Dez 1975 - "Dom Roberto"
Em 1975, Paco Bandeira grava um de vários trabalhos com arranjos de Jorge Palma: “O Alentejo Quer um Homem Que Saiba Mandar”. No final desse ano, a RTP apresenta um programa especial com as músicas do disco, do qual faz parte este pouco conhecido e bem acutilante (liricamente e musicalmente) “Dom Roberto”, que hoje chega ao “Gramofone”.
Paco Bandeira é dono de uma das obras mais vastas e populares no panorama musical português, iniciada ainda nos anos 60. Em termos discográficos, a estreia foi em 1967, com o EP “Canção ao Porto”, numa altura em que os modelos da canção brasileira exerciam maior influência. Mas seria com o 2.º disco, editado quatro anos depois e onde inclui o clássico “A Minha Cidade”, que o sucesso chega de uma forma estrondosa. Na mesma altura, concorre ao Festival da Canção da Guarda, que vence com a música “Sigo Cantando”.
Logo em 1972, Paco Bandeira alcança o 2.º lugar no Festival RTP da Canção, com “Vamos Cantar de Pé” (um dos poucos temas que interpreta a não ser de sua autoria). No ano seguinte, classifica-se na mesma posição com “É por Isso Que Eu Vivo”, uma letra de José Carlos Ary dos Santos com música sua. Outros autores, como Eduardo Olímpio, Antunes da Silva, Mário Cesariny ou o parceiro regular de escrita Pedro Bandeira Freire, foram também musicados pelo cantautor alentejano.
No ano deste LP apresentado em formato de programa televisivo pela RTP, Paco Bandeira tinha de novo concorrido ao Festival da Canção, com “Batalha-Povo”, ficando desta vez em 6.º lugar. Se “Dom Roberto”, a canção de hoje, aborda as políticas angolanas da época, o povo sempre foi elemento fundamental da escrita musical de Paco: em 2016, “O Povo É Sempre Bom”, com a presença de nomes como Ana Lains ou Pedro Jóia, marca o regresso aos discos de um dos mais prolíficos escritores de canções dos últimos 50 anos.
Paco Bandeira é dono de uma das obras mais vastas e populares no panorama musical português, iniciada ainda nos anos 60. Em termos discográficos, a estreia foi em 1967, com o EP “Canção ao Porto”, numa altura em que os modelos da canção brasileira exerciam maior influência. Mas seria com o 2.º disco, editado quatro anos depois e onde inclui o clássico “A Minha Cidade”, que o sucesso chega de uma forma estrondosa. Na mesma altura, concorre ao Festival da Canção da Guarda, que vence com a música “Sigo Cantando”.
Logo em 1972, Paco Bandeira alcança o 2.º lugar no Festival RTP da Canção, com “Vamos Cantar de Pé” (um dos poucos temas que interpreta a não ser de sua autoria). No ano seguinte, classifica-se na mesma posição com “É por Isso Que Eu Vivo”, uma letra de José Carlos Ary dos Santos com música sua. Outros autores, como Eduardo Olímpio, Antunes da Silva, Mário Cesariny ou o parceiro regular de escrita Pedro Bandeira Freire, foram também musicados pelo cantautor alentejano.
No ano deste LP apresentado em formato de programa televisivo pela RTP, Paco Bandeira tinha de novo concorrido ao Festival da Canção, com “Batalha-Povo”, ficando desta vez em 6.º lugar. Se “Dom Roberto”, a canção de hoje, aborda as políticas angolanas da época, o povo sempre foi elemento fundamental da escrita musical de Paco: em 2016, “O Povo É Sempre Bom”, com a presença de nomes como Ana Lains ou Pedro Jóia, marca o regresso aos discos de um dos mais prolíficos escritores de canções dos últimos 50 anos.