OS CHARRUAS por João Carlos Callixto
24 Jun 1967 - "If I Were a Carpenter"
Vários foram os grupos de rock na década de 1960 nacional a gravar apenas um disco. Os Charruas, onde primeiro despontou o talento de Dany Silva, é um desses casos e neste “Gramofone” vêmo-los em 1967, com uma versão de “If I Were a Carpenter”, de Tim Hardin e que se tornou um sucesso na voz do também americano Bobby Darin. As imagens aqui vêm de uma emissão do "Programa Juvenil", programa histórico da RTP e por onde passaram como apresentadores nomes como Júlio Isidro, Lídia Franco ou João Lobo Antunes. Nesta emissão em concreto, o programa focava o quotidiano dos estudantes da Escola de Regentes Agrícolas de Santarém – entre eles, os membros dos Charruas.
Na altura, vários são os chamados concursos de Música Moderna a ter lugar em Portugal, com grande destaque para o Grande Festival Ié-Ié do Teatro Monumental, com final em 1966. Os Charruas participam num outro, a 17 de Maio de 1968, o 1.º Concurso Académico de Música Moderna, que era organizado pelo Centro de Intercâmbio e Turismo Universitário. Teve lugar no Cinema Império, em Lisboa, e o grupo alcançou um honroso terceiro lugar.
No mesmo ano de 1968, pelas mãos da editora portuense Rádio Triunfo, é publicado “Povo”, o único disco da época gravado pelos Charruas. Marcadas por algum soul e pelo rock psicadélico, todas as composições desse disco eram originais do grupo, com o tema-título e “Os Teus Olhos, Senhora” cantados em português e o frenético “Come On, Baby, Come On” e a balada “Love, Love Are Words” a surgirem na língua franca do rock, o inglês. Trinta anos mais tarde, os Charruas reúnem-se de novo e trazem uma vocalista que haveria de se destacar a solo: Katia Guerreiro. Mas nos anos 60 e aqui neste momento de hoje o grupo era constituído pelo Dany Silva (guitarra baixo, e que depois viria a seguir carreira a solo de destaque como cantor), por Carlos Sardinha (guitarra solo), por João Baptista (bateria) e por João Magalhães (voz e guitarra ritmo).
Na altura, vários são os chamados concursos de Música Moderna a ter lugar em Portugal, com grande destaque para o Grande Festival Ié-Ié do Teatro Monumental, com final em 1966. Os Charruas participam num outro, a 17 de Maio de 1968, o 1.º Concurso Académico de Música Moderna, que era organizado pelo Centro de Intercâmbio e Turismo Universitário. Teve lugar no Cinema Império, em Lisboa, e o grupo alcançou um honroso terceiro lugar.
No mesmo ano de 1968, pelas mãos da editora portuense Rádio Triunfo, é publicado “Povo”, o único disco da época gravado pelos Charruas. Marcadas por algum soul e pelo rock psicadélico, todas as composições desse disco eram originais do grupo, com o tema-título e “Os Teus Olhos, Senhora” cantados em português e o frenético “Come On, Baby, Come On” e a balada “Love, Love Are Words” a surgirem na língua franca do rock, o inglês. Trinta anos mais tarde, os Charruas reúnem-se de novo e trazem uma vocalista que haveria de se destacar a solo: Katia Guerreiro. Mas nos anos 60 e aqui neste momento de hoje o grupo era constituído pelo Dany Silva (guitarra baixo, e que depois viria a seguir carreira a solo de destaque como cantor), por Carlos Sardinha (guitarra solo), por João Baptista (bateria) e por João Magalhães (voz e guitarra ritmo).