MERCÊS DA CUNHA RÊGO, por João Carlos Callixto
24 Set 1979 - "Cavalo Ruço"
Uma das vozes que o fado revelou na segunda metade da década de 1960, Mercês da Cunha Rêgo é hoje tida como um nome “clássico” do género. No entanto, se olharmos para o seu percurso discográfico, poucos são os registos que foi deixando ao longo de uma vida que celebra em breve 87 anos e que lhe permitiu cantar melodias e textos de nomes maiores do nosso panorama artístico, para além de ser acompanhada também por instrumentistas de primeira ordem.
O primeiro registo discográfico de Mercês da Cunha Rêgo é publicado em 1967 pelo selo Aquila, da editora portuense Rádio Triunfo. Contando com produção do radialista João Martins, este EP abre precisamente com “Cavalo Ruço”, com letra de Paulo José Vidal e música de Frederico Valério. Hermínia Silva torná-lo-ia igualmente popular no mesmo ano, sendo que era comum o adjectivo “ruço” vir grafado como “russo” – passando assim o cavalo louro a ser um equídeo oriundo das distantes terras da Rússia. “Os Teus Olhos”, “Fado Corrido” e “Acabar Não Fica Mal” eram as restantes composições desse registo de estreia de Mercês da Cunha Rêgo, sendo as duas primeiras letras da autoria de Linhares Barbosa e a última um fado de Alfredo Marceneiro.
No ano seguinte, 1968, sai o segundo trabalho da fadista, contando de novo com acompanhamento do Conjunto de Guitarras de Raul Nery. Constituído pelo titular e ainda por Fontes Rocha, Júlio Gomes e Joel Pina, era na altura um privilégio nem sempre conseguido ter estes destacados músicos ao lado. Mas este disco, de novo produzido por João Martins, destacou-se também por nele surgirem dois textos inéditos em disco de David Mourão-Ferreira: “Varandas” e “Anda o Sol na Minha Rua”. Este último seria no ano seguinte gravado por Amália, mas com nova melodia, no caso da autoria de Fontes Rocha. Outro poeta, Vasco de Lima Couto, escreveria o texto do “Fado da Alegria”, também incluído nesse segundo EP de Mercês da Cunha Rêgo e cantado no fado bailado, de Alfredo Marceneiro. “Fado dos Ninhos” era a composição que abria o disco e tem texto de José Manuel Sallaty e música de Manuel Maria.
Até ao ano de 1979 em que aqui encontramos a fadista, não voltaram a surgir no mercado novos discos seus. Estamos assim no programa da RTP "Fado Vadio” e os músicos acompanhantes são também nomes bem respeitados do fado: José Nunes, Jorge Fontes, Francisco Pérez Andión (conhecido como Paquito) e Raul Silva. No ano segunte, chega então aos escaparates o mais recente trabalho de originais de Mercês da Cunha Rêgo, o single “O Trote do Meu Cavalo. Publicado pela editora Orfeu, de Arnaldo Trindade, essa canção tem autoria de Maria Manuel Cid (letra) e José Cid (música), cabendo a direcção musical também a este último. No lado B, figura “Quadras Soltas”, um original de António dos Santos e que este tinha registado em disco três anos antes.
O primeiro registo discográfico de Mercês da Cunha Rêgo é publicado em 1967 pelo selo Aquila, da editora portuense Rádio Triunfo. Contando com produção do radialista João Martins, este EP abre precisamente com “Cavalo Ruço”, com letra de Paulo José Vidal e música de Frederico Valério. Hermínia Silva torná-lo-ia igualmente popular no mesmo ano, sendo que era comum o adjectivo “ruço” vir grafado como “russo” – passando assim o cavalo louro a ser um equídeo oriundo das distantes terras da Rússia. “Os Teus Olhos”, “Fado Corrido” e “Acabar Não Fica Mal” eram as restantes composições desse registo de estreia de Mercês da Cunha Rêgo, sendo as duas primeiras letras da autoria de Linhares Barbosa e a última um fado de Alfredo Marceneiro.
No ano seguinte, 1968, sai o segundo trabalho da fadista, contando de novo com acompanhamento do Conjunto de Guitarras de Raul Nery. Constituído pelo titular e ainda por Fontes Rocha, Júlio Gomes e Joel Pina, era na altura um privilégio nem sempre conseguido ter estes destacados músicos ao lado. Mas este disco, de novo produzido por João Martins, destacou-se também por nele surgirem dois textos inéditos em disco de David Mourão-Ferreira: “Varandas” e “Anda o Sol na Minha Rua”. Este último seria no ano seguinte gravado por Amália, mas com nova melodia, no caso da autoria de Fontes Rocha. Outro poeta, Vasco de Lima Couto, escreveria o texto do “Fado da Alegria”, também incluído nesse segundo EP de Mercês da Cunha Rêgo e cantado no fado bailado, de Alfredo Marceneiro. “Fado dos Ninhos” era a composição que abria o disco e tem texto de José Manuel Sallaty e música de Manuel Maria.
Até ao ano de 1979 em que aqui encontramos a fadista, não voltaram a surgir no mercado novos discos seus. Estamos assim no programa da RTP "Fado Vadio” e os músicos acompanhantes são também nomes bem respeitados do fado: José Nunes, Jorge Fontes, Francisco Pérez Andión (conhecido como Paquito) e Raul Silva. No ano segunte, chega então aos escaparates o mais recente trabalho de originais de Mercês da Cunha Rêgo, o single “O Trote do Meu Cavalo. Publicado pela editora Orfeu, de Arnaldo Trindade, essa canção tem autoria de Maria Manuel Cid (letra) e José Cid (música), cabendo a direcção musical também a este último. No lado B, figura “Quadras Soltas”, um original de António dos Santos e que este tinha registado em disco três anos antes.