MANUELA MOURA GUEDES por João Carlos Callixto
29 Jan 1983 - "Violetango"
O “Gramofone” traz hoje um momento com uma cantora de curta carreira - mas não tão curta como normalmente se pensa. “Foram Cardos, Foram Prosas” é tido muitas vezes como o único disco de Manuela Moura Guedes, mas na realidade não é nem o primeiro nem foi o último.
Nascida no Cadaval mas com família de Torres Vedras, a veia musical corria na família: o seu tio materno Ruy Moura Guedes, além de poeta, gravou vários discos nos primeiros tempos pós-25 de Abril. Depois de cursar Direito, Manuela começa a trabalhar na RTP em 1978, apresentando no ano seguinte o Festival RTP da Canção, ao lado de Fialho Gouveia.
Com a vitória a sorrir a outra Manuela - Bravo - com “Sobe, Sobe, Balão, Sobe”, esse é também o ano em que Manuela Moura Guedes se estreia discograficamente como cantora. Assinando pela editora Nova, é então publicado o single “Conversa Fiada”, com “O Que Podia Ser” no lado B. As duas composições têm assinatura da dupla João Henrique e Fernando Guerra, uma das mais prolíficas da canção ligeira de então, tendo ambos também conhecido mais ou menos curtas carreiras como cantores.
Em 1980, com a mesma dupla, a cantora grava novo single, com as canções “Sonho Mau” e “Sonho Bom”, em que conta mais uma vez com direcção musical de Shegundo Galarza. Nesse ano, participa também no programa “Arte & Manhas”, de Júlio Isidro, cantando ainda uma das canções que viria a integrar o álbum então editado, onde surge ao lado de Jorge Palma, de Adelaide Ferreira ou de Ana Bola.
A mudança de editora para a Valentim de Carvalho traz no final de 1981 a edição de um terceiro single, com “Flor Sonhada” e “Foram Cardos, Foram Prosas”. Ambas traziam letra de Miguel Esteves Cardoso e música de Ricardo Camacho, que assinava também a produção. O arranjo musical, que remetia para os sons que vinham então de Manchester e que tinham tido nos Joy Division o seu expoente máximo, contribui para a popularidade da canção, que viria a conhecer mais do que uma versão até aos dias de hoje.
Entuasiasmada, a editora decide gravar um álbum de Manuela Moura Guedes, entregando as rédeas do mesmo a três músicos dos GNR: Vítor Rua, Toli César Machado e Rui Reininho. “Violetango”, a canção que aqui recordamos, abre o disco e tem assinatura deste trio, tal como todas as restantes.
O programa onde Manuela Moura Guedes foi convidada, emitido em Janeiro de 1983, chamava-se “Venha Tomar Café Connosco”, e era da autoria do radialista Jorge Cobanco, contando com produção de Isabel Fragata. Nesta emissão, a convidada foi Maria Leonor, que conheceu a jornalista e cantora ainda na juventude. Os músicos em estúdio eram todos de primeira água: Rui Cardoso e Tomás Pimentel, nos sopros, Luís Duarte, no baixo, João Maló, na guitarra, Mário Laginha e Pedro Osório, nas teclas, e Ramón Galarza, na bateria.
Vamos então recebê-los, no palco do Teatro Maria Matos, em Lisboa!
Nascida no Cadaval mas com família de Torres Vedras, a veia musical corria na família: o seu tio materno Ruy Moura Guedes, além de poeta, gravou vários discos nos primeiros tempos pós-25 de Abril. Depois de cursar Direito, Manuela começa a trabalhar na RTP em 1978, apresentando no ano seguinte o Festival RTP da Canção, ao lado de Fialho Gouveia.
Com a vitória a sorrir a outra Manuela - Bravo - com “Sobe, Sobe, Balão, Sobe”, esse é também o ano em que Manuela Moura Guedes se estreia discograficamente como cantora. Assinando pela editora Nova, é então publicado o single “Conversa Fiada”, com “O Que Podia Ser” no lado B. As duas composições têm assinatura da dupla João Henrique e Fernando Guerra, uma das mais prolíficas da canção ligeira de então, tendo ambos também conhecido mais ou menos curtas carreiras como cantores.
Em 1980, com a mesma dupla, a cantora grava novo single, com as canções “Sonho Mau” e “Sonho Bom”, em que conta mais uma vez com direcção musical de Shegundo Galarza. Nesse ano, participa também no programa “Arte & Manhas”, de Júlio Isidro, cantando ainda uma das canções que viria a integrar o álbum então editado, onde surge ao lado de Jorge Palma, de Adelaide Ferreira ou de Ana Bola.
A mudança de editora para a Valentim de Carvalho traz no final de 1981 a edição de um terceiro single, com “Flor Sonhada” e “Foram Cardos, Foram Prosas”. Ambas traziam letra de Miguel Esteves Cardoso e música de Ricardo Camacho, que assinava também a produção. O arranjo musical, que remetia para os sons que vinham então de Manchester e que tinham tido nos Joy Division o seu expoente máximo, contribui para a popularidade da canção, que viria a conhecer mais do que uma versão até aos dias de hoje.
Entuasiasmada, a editora decide gravar um álbum de Manuela Moura Guedes, entregando as rédeas do mesmo a três músicos dos GNR: Vítor Rua, Toli César Machado e Rui Reininho. “Violetango”, a canção que aqui recordamos, abre o disco e tem assinatura deste trio, tal como todas as restantes.
O programa onde Manuela Moura Guedes foi convidada, emitido em Janeiro de 1983, chamava-se “Venha Tomar Café Connosco”, e era da autoria do radialista Jorge Cobanco, contando com produção de Isabel Fragata. Nesta emissão, a convidada foi Maria Leonor, que conheceu a jornalista e cantora ainda na juventude. Os músicos em estúdio eram todos de primeira água: Rui Cardoso e Tomás Pimentel, nos sopros, Luís Duarte, no baixo, João Maló, na guitarra, Mário Laginha e Pedro Osório, nas teclas, e Ramón Galarza, na bateria.
Vamos então recebê-los, no palco do Teatro Maria Matos, em Lisboa!