MANUEL VARGAS por João Carlos Callixto
21 Fev 1972 - "Vem o Caminheiro"
Manuel Vargas é um nome que actualmente dirá bem pouco à generalidade do público, mas na primeira metade da década de setenta o seu percurso musical foi bem divulgado. Em 1972, surge no Festival RTP da Canção com “Vem o Caminheiro”, que acaba por se classificar em 3.º lugar, e que hoje recordamos neste “Gramofone”.
O cantor tinha começado a cantar publicamente em França, onde se apresenta em actuações ao lado de José Mário Branco, mas não chega aí a gravar nenhum disco. Seria apenas em Portugal que a sua curta carreira musical se desenrolaria de forma mais séria, com este primeiro momento no Festival da Canção. “Vem o Caminheiro” tem música de Rui Serôdio e letra de Joaquim Pedro Gonçalves, que em 1970 escrevera "Onde Vais Rio Que Eu Canto" – com que Sérgio Borges vence o Festival desse ano.
Manuel Vargas fica em 1972 logo abaixo de Carlos Mendes (vencedor com “A Festa da Vida”) e de Paco Bandeira, num pódio bem honroso. A canção foi editada em single pela Valentim de Carvalho, com "Vem o Outono", outro tema dos mesmos autores, no lado B. No mesmo ano, Vargas leva duas músicas ao penúltimo Festival da Canção da Figueira da Foz, mas nenhuma chega a ser editada em disco. Seria preciso esperar pelo ano seguinte para que saísse o segundo trabalho do cantor, desta vez um EP, “Meu País, Meu Amor”. O tema-título era da autoria de José Cid, que escreveu também a música para “Julgava Que Era Donzela” (a partir de um poema de Federico García Lorca adaptado pelo português António de Cértima) e cujo Quarteto 1111 acompanhava Vargas no disco. Tozé Brito escreveu ainda o original “Um Adeus”, que fechava o trabalho, e a dupla Joaquim Pedro Gonçalves e Rui Serôdio rencidia com “Liberta”. Pouco depois do 25 de Abril, sai o último disco de Manuel Vargas, um single com “Toda a Gente Pede Paz” e “Quando a Noite Vem”, dois originais do cantor acompanhados pela orquestra de Jorge Machado. Afastado dos holofotes, a sua morte em 2000 passa despercebida do grande público.
O cantor tinha começado a cantar publicamente em França, onde se apresenta em actuações ao lado de José Mário Branco, mas não chega aí a gravar nenhum disco. Seria apenas em Portugal que a sua curta carreira musical se desenrolaria de forma mais séria, com este primeiro momento no Festival da Canção. “Vem o Caminheiro” tem música de Rui Serôdio e letra de Joaquim Pedro Gonçalves, que em 1970 escrevera "Onde Vais Rio Que Eu Canto" – com que Sérgio Borges vence o Festival desse ano.
Manuel Vargas fica em 1972 logo abaixo de Carlos Mendes (vencedor com “A Festa da Vida”) e de Paco Bandeira, num pódio bem honroso. A canção foi editada em single pela Valentim de Carvalho, com "Vem o Outono", outro tema dos mesmos autores, no lado B. No mesmo ano, Vargas leva duas músicas ao penúltimo Festival da Canção da Figueira da Foz, mas nenhuma chega a ser editada em disco. Seria preciso esperar pelo ano seguinte para que saísse o segundo trabalho do cantor, desta vez um EP, “Meu País, Meu Amor”. O tema-título era da autoria de José Cid, que escreveu também a música para “Julgava Que Era Donzela” (a partir de um poema de Federico García Lorca adaptado pelo português António de Cértima) e cujo Quarteto 1111 acompanhava Vargas no disco. Tozé Brito escreveu ainda o original “Um Adeus”, que fechava o trabalho, e a dupla Joaquim Pedro Gonçalves e Rui Serôdio rencidia com “Liberta”. Pouco depois do 25 de Abril, sai o último disco de Manuel Vargas, um single com “Toda a Gente Pede Paz” e “Quando a Noite Vem”, dois originais do cantor acompanhados pela orquestra de Jorge Machado. Afastado dos holofotes, a sua morte em 2000 passa despercebida do grande público.