MAFALDA VEIGA por João Carlos Callixto
24 Out - "O Menino da Sua Mãe"
Hoje o “Gramofone” recua ao início da carreira de um nome bem conhecido de todos: Mafalda Veiga, aqui captada ao vivo no programa “Fisga”, da RTP. O ano é 1987, quando é editado o álbum de estreia da cantautora. E este mesmo termo obriga-nos a pensar que foi ela a primeira a ter uma carreira regular na nossa Música no período pós-25 de Abril.
Se recuarmos a antes de 1974, merecem realce nomes como Rita Olivaes, que depois se centraria apenas na composição, ou Maria Guinot, que deu em finais de 60 os primeiros passos de uma carreira a que só regressaria na década de 80. Foi nesta década, aliás, que outra cantautora, Né Ladeiras, surgiu com os primeiros trabalhos a solo, numa obra que só peca mesmo por não ser mais extensa.
Mafalda Veiga, desde o primeiro momento em disco neste ano de 1987 a que recuamos hoje, ultrapassou já a dezena de álbuns, entre trabalhos de estúdio e registos em concerto, de que “Praia”, de 2016, é o mais recente passo. “O Menino da Sua Mãe”, que vamos ouvir aqui, parte de um poema de Fernando Pessoa originalmente publicado em 1926 na revista “Contemporânea”, e que tem sido declamado e gravado em disco por vozes de ambos os lados do Atlântico, como os portugueses João Villaret, Jacinto Ramos e Vítor de Sousa ou os brasileiros Jograis de São Paulo e Marília Pêra.
Em música, o primeiro a pegar no texto terá sido Fernando Lopes-Graça, em 1936, mas só vinte sete anos depois essa composição seria gravada comercialmente, pela voz de Arminda Correia. Antes, tinha sido Luís Cília a musicá-lo para a sua série de três discos “La Póesie Portugaise de Nos Jours et de Toujours”. Nos anos 80, é a vez de João Braga o incluir no seu álbum “Do João Braga para a Amália” e na década seguinte é Carlos Mendes a cantá-lo em “Passageiro de Canções” - em ambos os casos, com composições próprias.
Entre Braga e Mendes, surge então a adaptação do poema de Pessoa por Mafalda Veiga, incluída no álbum de estreia “Pássaros do Sul”. Um sucesso de vendas e de airplay na rádio, inclui outras canções tão conhecidas como “Planície” ou “Restolho”. Manuel Faria, o produtor, trouxe mais elementos dos Trovante para acompanharem a cantora, a que juntou também o saxofonista Mário Gramaço, ex-Roquivários, aqui em destaque com um pequeno solo. Faz agora precisamente trinta anos...
Se recuarmos a antes de 1974, merecem realce nomes como Rita Olivaes, que depois se centraria apenas na composição, ou Maria Guinot, que deu em finais de 60 os primeiros passos de uma carreira a que só regressaria na década de 80. Foi nesta década, aliás, que outra cantautora, Né Ladeiras, surgiu com os primeiros trabalhos a solo, numa obra que só peca mesmo por não ser mais extensa.
Mafalda Veiga, desde o primeiro momento em disco neste ano de 1987 a que recuamos hoje, ultrapassou já a dezena de álbuns, entre trabalhos de estúdio e registos em concerto, de que “Praia”, de 2016, é o mais recente passo. “O Menino da Sua Mãe”, que vamos ouvir aqui, parte de um poema de Fernando Pessoa originalmente publicado em 1926 na revista “Contemporânea”, e que tem sido declamado e gravado em disco por vozes de ambos os lados do Atlântico, como os portugueses João Villaret, Jacinto Ramos e Vítor de Sousa ou os brasileiros Jograis de São Paulo e Marília Pêra.
Em música, o primeiro a pegar no texto terá sido Fernando Lopes-Graça, em 1936, mas só vinte sete anos depois essa composição seria gravada comercialmente, pela voz de Arminda Correia. Antes, tinha sido Luís Cília a musicá-lo para a sua série de três discos “La Póesie Portugaise de Nos Jours et de Toujours”. Nos anos 80, é a vez de João Braga o incluir no seu álbum “Do João Braga para a Amália” e na década seguinte é Carlos Mendes a cantá-lo em “Passageiro de Canções” - em ambos os casos, com composições próprias.
Entre Braga e Mendes, surge então a adaptação do poema de Pessoa por Mafalda Veiga, incluída no álbum de estreia “Pássaros do Sul”. Um sucesso de vendas e de airplay na rádio, inclui outras canções tão conhecidas como “Planície” ou “Restolho”. Manuel Faria, o produtor, trouxe mais elementos dos Trovante para acompanharem a cantora, a que juntou também o saxofonista Mário Gramaço, ex-Roquivários, aqui em destaque com um pequeno solo. Faz agora precisamente trinta anos...