LILLY TCHIUMBA por João Carlos Callixto
4 Jan 1967 - "Segredo do Sertão"
As músicas de África chegavam ao Portugal de 50s e 60s muito por via de cantores que se estabeleciam na então metrópole, como foi o caso maior do Duo Ouro Negro. Também de Angola, Lilly Tchiumba chegou a participar no Festival RTP da Canção, em 1969. No “Gramofone” de hoje, recuamos mais dois anos e ouvimo-la com a canção “Segredo do Sertão”, que não chegou a gravar em disco.
Com carreira de destaque nas décadas de 60 e 70, Lilly Tchiumba era irmã do pintor e músico Eleutério Sanches e do músico Carlos Sanches – que haveriam de gravar dois discos juntos bastante mais tarde, já na era do CD. Mas Eleutério, tal como Lilly, grava em vinil na recta final dos anos 60. Em 1967, é então publicado o disco de estreia da cantora, “Lilly Tchiumba Canta Angola”, e também outro em dueto com Eleutério, “Mornas e Coladeras”, que traz reportório de Cabo Verde, arquipélago onde os irmãos também tinha raízes.
Este momento de hoje foi captado para uma emissão do programa TV Clube que trazia precisamente canções do então Ultramar e Lilly surgia ao lado de Mário de Melo, Loyola Orsino e Viçoso Caetano, que cantavam respectivamente reportório de Cabo Verde, da Índia Portuguesa e de Moçambique. No entanto, quando se apresenta no Festival da Canção de 1969, com “Flor Bailarina”, África fica já mais distante, no ano em que a vitória no evento sorriu a Simone de Oliveira e a “Desfolhada”. Mas Lilly Tchiumba persistiria e, em 1973, grava o seu único álbum “N’Zambi É Deus". A edição é do selo Estúdio, do empresário Emílio Mateus, e o trabalho tornou-se com o passar dos anos num artefacto procurado internacionalmente – infelizmente, já bem depois da morte de Lilly Tchiumba, que ocorreu em 1989, quando a cantora tinha apenas 50 anos.
Com carreira de destaque nas décadas de 60 e 70, Lilly Tchiumba era irmã do pintor e músico Eleutério Sanches e do músico Carlos Sanches – que haveriam de gravar dois discos juntos bastante mais tarde, já na era do CD. Mas Eleutério, tal como Lilly, grava em vinil na recta final dos anos 60. Em 1967, é então publicado o disco de estreia da cantora, “Lilly Tchiumba Canta Angola”, e também outro em dueto com Eleutério, “Mornas e Coladeras”, que traz reportório de Cabo Verde, arquipélago onde os irmãos também tinha raízes.
Este momento de hoje foi captado para uma emissão do programa TV Clube que trazia precisamente canções do então Ultramar e Lilly surgia ao lado de Mário de Melo, Loyola Orsino e Viçoso Caetano, que cantavam respectivamente reportório de Cabo Verde, da Índia Portuguesa e de Moçambique. No entanto, quando se apresenta no Festival da Canção de 1969, com “Flor Bailarina”, África fica já mais distante, no ano em que a vitória no evento sorriu a Simone de Oliveira e a “Desfolhada”. Mas Lilly Tchiumba persistiria e, em 1973, grava o seu único álbum “N’Zambi É Deus". A edição é do selo Estúdio, do empresário Emílio Mateus, e o trabalho tornou-se com o passar dos anos num artefacto procurado internacionalmente – infelizmente, já bem depois da morte de Lilly Tchiumba, que ocorreu em 1989, quando a cantora tinha apenas 50 anos.