LÍDIA RIBEIRO por João Carlos Callixto
29 Dez 1968 - "Lisboa Antiga"
O nome de Lídia Ribeiro pode dizer hoje muito pouco ao grande público, mas nas décadas de 60 e 70 foi uma das vozes de destaque. Casada então com o também cantor Luís Guilherme, de quem teve a apresentadora televisiva Teresa Guilherme, passou por várias destacadas editoras discográficas nacionais, com a Rádio Triunfo e a Valentim de Carvalho à cabeça. Neste “Gramofone”, Lídia Ribeiro dá voz ao standard “Lisboa Antiga”, canção que viria a gravar num dos seus raros LPs.
O percurso fonográfico da cantora começou ainda no Brasil, para onde tinha emigrado na década de 1950 com o marido e com a filha Teresa. Aí é publicado em 1959 um primeiro LP, “Foi Deus”, quase inteiramente composto por canções do reportório de Amália mas onde surgia também o brasileiro “Eu Não Existo Sem Você”. De novo em Portugal, assina então contrato com a firma portuense Rádio Triunfo e, pelo selo Alvorada, é publicado em 1961 o seu primeiro disco nacional, um EP, em que é acompanhada pelo Conjunto de Guitarras de Raul Nery. Abrindo com “É Noite na Mouraria”, de José Maria Rodrigues e António Mestre, tem depois três canções inéditas de Alberto Janes – um dos compositores preferidos de Amália.
Após um segundo disco editado na Alvorada, Lídia Ribeiro muda-se para a firma catalã Belter, que lhe publica quatro EPs entre 1967 e 1970. O maestro e compoitor Manuel Viegas foi o principal cúmplice nesta fase, dirigindo-a nas gravações e entregando-lhe sempre canções de sua autoria em todos os discos. O selo Estúdio, de Emílio Mateus, conquista-a por um fugaz período, e Lídia Ribeiro regista um EP para a editora ainda em 1970 – onde é acompanhada por nomes como António Chainho ou António Luís Gomes. Ambos marcariam presença na nova década ao lado da cantora, nomeadamente num LP editado pelo Hotel Estoril Sol e no qual encontramos esta “Lisboa Antiga” de hoje. A letra é de José Galhardo e de Amadeu do Vale e a música de Raul Portela, tendo a canção sido estreada na revista "Pirilau", em 1932, e logo gravada por Hermínia Silva. As imagens aqui trazidas são do telefilme "Lisboa Grande Plano", emitido pela RTP em Dezembro de 1968, e onde também participa o Quinteto Académico +2.
O percurso discográfico de Lídia Ribeiro na década de 1970 esteve em grande medida associado à editora Valentim de Carvalho, para onde registou seis discos em nome próprio e participou ainda num disco de “Melodias de Sempre” (onde gravou a sua versão do clássico “A Minha Casinha”, popularizado primeiro por Milú e mais tarde pelos Xutos & Pontapés). Entre os EPs “À Janela do Meu Peito” (onde cantava de novo Alberto Janes e o jovem Carlos Alberto França), de 1972, e “Meu Povo Liberto”, de 1975 (onde todos os textos são do poeta João Dias, um dos mais cantados de então no fado), aconteceu uma revolução que fez mudar alguns dos gostos populares. No entanto, em 1977 encontramos Lídia Ribeiro a gravar novo disco, o single “Lisboa Braço de Mar” (onde canta dois textos inéditos, um do editor discográfico Mário Martins e outro do poeta Vasco de Lima Couto), ao qual sucederia já no início dos anos 80 um LP, “Na Noite em Que Te Vi” – que marcaria um regresso à Alvorada e o fim de um ciclo de mais de vinte anos em que Lídia Ribeiro teve sempre uma presença assídua na canção portuguesa.
O percurso fonográfico da cantora começou ainda no Brasil, para onde tinha emigrado na década de 1950 com o marido e com a filha Teresa. Aí é publicado em 1959 um primeiro LP, “Foi Deus”, quase inteiramente composto por canções do reportório de Amália mas onde surgia também o brasileiro “Eu Não Existo Sem Você”. De novo em Portugal, assina então contrato com a firma portuense Rádio Triunfo e, pelo selo Alvorada, é publicado em 1961 o seu primeiro disco nacional, um EP, em que é acompanhada pelo Conjunto de Guitarras de Raul Nery. Abrindo com “É Noite na Mouraria”, de José Maria Rodrigues e António Mestre, tem depois três canções inéditas de Alberto Janes – um dos compositores preferidos de Amália.
Após um segundo disco editado na Alvorada, Lídia Ribeiro muda-se para a firma catalã Belter, que lhe publica quatro EPs entre 1967 e 1970. O maestro e compoitor Manuel Viegas foi o principal cúmplice nesta fase, dirigindo-a nas gravações e entregando-lhe sempre canções de sua autoria em todos os discos. O selo Estúdio, de Emílio Mateus, conquista-a por um fugaz período, e Lídia Ribeiro regista um EP para a editora ainda em 1970 – onde é acompanhada por nomes como António Chainho ou António Luís Gomes. Ambos marcariam presença na nova década ao lado da cantora, nomeadamente num LP editado pelo Hotel Estoril Sol e no qual encontramos esta “Lisboa Antiga” de hoje. A letra é de José Galhardo e de Amadeu do Vale e a música de Raul Portela, tendo a canção sido estreada na revista "Pirilau", em 1932, e logo gravada por Hermínia Silva. As imagens aqui trazidas são do telefilme "Lisboa Grande Plano", emitido pela RTP em Dezembro de 1968, e onde também participa o Quinteto Académico +2.
O percurso discográfico de Lídia Ribeiro na década de 1970 esteve em grande medida associado à editora Valentim de Carvalho, para onde registou seis discos em nome próprio e participou ainda num disco de “Melodias de Sempre” (onde gravou a sua versão do clássico “A Minha Casinha”, popularizado primeiro por Milú e mais tarde pelos Xutos & Pontapés). Entre os EPs “À Janela do Meu Peito” (onde cantava de novo Alberto Janes e o jovem Carlos Alberto França), de 1972, e “Meu Povo Liberto”, de 1975 (onde todos os textos são do poeta João Dias, um dos mais cantados de então no fado), aconteceu uma revolução que fez mudar alguns dos gostos populares. No entanto, em 1977 encontramos Lídia Ribeiro a gravar novo disco, o single “Lisboa Braço de Mar” (onde canta dois textos inéditos, um do editor discográfico Mário Martins e outro do poeta Vasco de Lima Couto), ao qual sucederia já no início dos anos 80 um LP, “Na Noite em Que Te Vi” – que marcaria um regresso à Alvorada e o fim de um ciclo de mais de vinte anos em que Lídia Ribeiro teve sempre uma presença assídua na canção portuguesa.