LENITA GENTIL por João Carlos Callixto
23 Mai 1977 - "Na Longa Estrada da Vida"
Em 1977, a carreira musical de Lenita Gentil contava já com mais de uma década, vindo a música de hoje no “Gramofone” do terceiro disco de uma pouco recordada colaboração com José Cid. “Na Longa Estrada da Vida” é o lado B do single “Viver e Amar, Viver e Amar”, editado então pela Valentim de Carvalho.
Recuando uns anos, encontramos Lenita a estrear-se nos discos pela mão do maestro e compositor portuense Resende Dias, que a dirigiu nos primeiros cinco trabalhos e que lhe escreveu vários originais. O talento da cantora era tão grande que rapidamente chegou a todo o lado: em 1967, vence o Festival Hispano-Português de Aranda do Douro, com “Chuva de Verão” (letra de Olívia Lopes da Cruz, música de Italo Caffi); no ano seguinte, ganha de novo o certame, desta vez ex-aequo com o concorrente espanhol, com “Não Quero Dizer Adeus” (letra de Vitorino de Sousa, música de Resende Dias); em 1969, é a vez de se sagrar campeã no popular Festival da Canção Portuguesa da Figueira da Foz, com “Canção do Novo Sol” (letra de Francisco Nicholson e música de Braga Santos).
Por oposição, nas duas vezes que concorreu ao Festival RTP da Canção, Lenita ficou em último lugar. Em ambas, no entanto, com canções que tematicamente e musicalmente (no caso da primeira) estavam até de certa forma em sintonia com as respectivas vencedoras: “Anda Ver o Sol”, de Fernando Vieira e Fernando Potier, no ano de 1971 em que a vitória sorriu a Tonicha; e “Canção de Roda e Fantasia”, de António Prata e João Cavadinhas (ambos da Ronda dos Quatro Caminhos), quando os vencedores foram os Da Vinci com “Conquistador”.
Nos anos 80, Lenita continuara o seu percurso de sucesso com canções como “Eles Foram Tão Longe”, da autoria de Carlos Paião, ou “Outro Galo Cantará”, de Pedro Bandeira Freire e Paco Bandeira. Com vários discos publicados até à actualidade, em 2010 interpreta, com o Real Combo Lisbonense, “Quadras em Bossa Nova” (um tema que tinha originalmente gravado em 1966), num concerto de celebração do centenário da República, em Lisboa.
Como disse há uns anos a cantora americana k.d. Lang, Lenita Gentil é a “melhor voz feminina do mundo” e “faz o que quer das cordas vocais”. Vamos ver agora uma pequena parte da razão por trás destas palavras, num momento histórico já com 40 anos!
Recuando uns anos, encontramos Lenita a estrear-se nos discos pela mão do maestro e compositor portuense Resende Dias, que a dirigiu nos primeiros cinco trabalhos e que lhe escreveu vários originais. O talento da cantora era tão grande que rapidamente chegou a todo o lado: em 1967, vence o Festival Hispano-Português de Aranda do Douro, com “Chuva de Verão” (letra de Olívia Lopes da Cruz, música de Italo Caffi); no ano seguinte, ganha de novo o certame, desta vez ex-aequo com o concorrente espanhol, com “Não Quero Dizer Adeus” (letra de Vitorino de Sousa, música de Resende Dias); em 1969, é a vez de se sagrar campeã no popular Festival da Canção Portuguesa da Figueira da Foz, com “Canção do Novo Sol” (letra de Francisco Nicholson e música de Braga Santos).
Por oposição, nas duas vezes que concorreu ao Festival RTP da Canção, Lenita ficou em último lugar. Em ambas, no entanto, com canções que tematicamente e musicalmente (no caso da primeira) estavam até de certa forma em sintonia com as respectivas vencedoras: “Anda Ver o Sol”, de Fernando Vieira e Fernando Potier, no ano de 1971 em que a vitória sorriu a Tonicha; e “Canção de Roda e Fantasia”, de António Prata e João Cavadinhas (ambos da Ronda dos Quatro Caminhos), quando os vencedores foram os Da Vinci com “Conquistador”.
Nos anos 80, Lenita continuara o seu percurso de sucesso com canções como “Eles Foram Tão Longe”, da autoria de Carlos Paião, ou “Outro Galo Cantará”, de Pedro Bandeira Freire e Paco Bandeira. Com vários discos publicados até à actualidade, em 2010 interpreta, com o Real Combo Lisbonense, “Quadras em Bossa Nova” (um tema que tinha originalmente gravado em 1966), num concerto de celebração do centenário da República, em Lisboa.
Como disse há uns anos a cantora americana k.d. Lang, Lenita Gentil é a “melhor voz feminina do mundo” e “faz o que quer das cordas vocais”. Vamos ver agora uma pequena parte da razão por trás destas palavras, num momento histórico já com 40 anos!