LENA D’ÁGUA por João Carlos Callixto
8 Dez 1979 - "O Nosso Livro"
O nosso rock sempre se declinou também no feminino. Logo em 1960, Zurita de Oliveira, irmã do actor Camilo de Oliveira, escreveu e gravou “O Bonitão do Rock”. Na mesma década, o grupo de Coimbra Hi-Fi tem em Ana Maria uma frontwoman na altura da gravação do primeiro disco, com três originais e uma versão dos Beatles.
Mas seria preciso esperar pela década de 70, para que Lena d'Água – então conhecida pelo nome de baptismo, Helena Águas – se afirmasse de facto como vocalista rock: foi com os progressivos Beatnicks, onde estava o guitarrista e seu então marido Ramiro Martins. A longa peça “Cosmonicação”, que apresentam ao vivo, nunca chega a disco, e a cantora junta-se depois ao grupo Diadágua, com Luís Pedro Fonseca. Apesar de não ter gravado nenhum dos dois singles deste projecto, é dele que vem o nome artístico de Lena.
Em paralelo, a nossa voz de hoje aqui no “Gramofone” participava em trabalhos como “Ascensão e Queda”, ópera-rock dos Petrus Castrus editada em 1978, ou fazia coros para os Gemini, António Calvário ou Carlos do Carmo, entre outros. Em 1979, estreia-se nos discos a solo com o LP “Qual É Coisa Qual É Ela”, direccionado a um público infantil, com textos de Maria João Duarte e músicas de Zé da Ponte e de Luís Pedro Fonseca, ambos futuros membros fundadores com Lena do grupo Salada de Frutas, em 1980.
O single “O Nosso Livro” foi o segundo trabalho a solo da cantora e o primeiro assinado já como Lena d'Água. O videoclip feito então pela RTP foi apresentado no programa “Top Sábado” e é esse o nosso momento de hoje. Com poema de Florbela Espanca, a música é de Luís Pedro Fonseca, que assinaria na década de 80 quase todos os grandes sucessos de Lena d'Água. Muitos deles foram alvo de novas roupagens no disco “Carrossel”, em 2014, em que a cantora se junta ao projecto Rock'n'Roll Station para revisitar a sua obra. Na realidade, ela nunca se foi mesmo embora!
Mas seria preciso esperar pela década de 70, para que Lena d'Água – então conhecida pelo nome de baptismo, Helena Águas – se afirmasse de facto como vocalista rock: foi com os progressivos Beatnicks, onde estava o guitarrista e seu então marido Ramiro Martins. A longa peça “Cosmonicação”, que apresentam ao vivo, nunca chega a disco, e a cantora junta-se depois ao grupo Diadágua, com Luís Pedro Fonseca. Apesar de não ter gravado nenhum dos dois singles deste projecto, é dele que vem o nome artístico de Lena.
Em paralelo, a nossa voz de hoje aqui no “Gramofone” participava em trabalhos como “Ascensão e Queda”, ópera-rock dos Petrus Castrus editada em 1978, ou fazia coros para os Gemini, António Calvário ou Carlos do Carmo, entre outros. Em 1979, estreia-se nos discos a solo com o LP “Qual É Coisa Qual É Ela”, direccionado a um público infantil, com textos de Maria João Duarte e músicas de Zé da Ponte e de Luís Pedro Fonseca, ambos futuros membros fundadores com Lena do grupo Salada de Frutas, em 1980.
O single “O Nosso Livro” foi o segundo trabalho a solo da cantora e o primeiro assinado já como Lena d'Água. O videoclip feito então pela RTP foi apresentado no programa “Top Sábado” e é esse o nosso momento de hoje. Com poema de Florbela Espanca, a música é de Luís Pedro Fonseca, que assinaria na década de 80 quase todos os grandes sucessos de Lena d'Água. Muitos deles foram alvo de novas roupagens no disco “Carrossel”, em 2014, em que a cantora se junta ao projecto Rock'n'Roll Station para revisitar a sua obra. Na realidade, ela nunca se foi mesmo embora!