JÚLIO PEREIRA por João Carlos Callixto
27 Fev 1982 - "Moda do Entrudo"
O ressurgimento do cavaquinho em termos de grande popularidade no nosso país deve muito ao álbum que Júlio Pereira publicou em 1981 com o nome desse pequeno cordofone. Neste “Gramofone”, recordamos a tradicional “Moda do Entrudo”, apresentada no programa da RTP “Vivamúsica” já em 1982.
A carreira de Júlio Pereira começou na área do rock, surpresa ainda hoje para muita gente. Com os Playboys, banda de Moscavide, fica a uma unha negra de gravar um single logo no início de 70s. Seria então com os Petrus Castrus, em 1971, que se estreia discograficamente, com o EP “Marasmo”, seguido de “Tudo Isto, Tudo Mais” (1972). Em 1973, a banda publica o histórico álbum “Mestre”, gravado em França, e nessas sessões Júlio Pereira conhece José Mário Branco, com quem colabora logo depois do 25 de Abril na peça de teatro “Liberdade, Liberdade”.
1975 vê a edição do primeiro álbum do músico, “Bota-Fora”, creditado a meias com o cantor Carlos Cavalheiro, ex-vocalista do grupo de hard rock Xarhanga com quem Júlio Pereira tinha gravados dois singles pioneiros em 1973. Sempre inquieto, o nosso tocador de cavaquinho edita em 1976 a estreia verdadeiramente a solo, em formato de opereta: “Fernandinho Vai ó Vinho”, seguido dois anos depois de “Lisboémia”, ainda com uma veia crítica bem presente. “Mãos de Fada”, em 1979, é de certa forma um registo de transição e o primeiro da discografia do músico em que a sua voz está também em destaque.
Sempre através da editora Sassetti, “Cavaquinho” surge numa altura de renovado interesse pelas propostas de cariz folk e é um dos paradigmas desse fenómeno. A RTP está atenta e convida o músico para o programa "Vivamúsica", com apresentação de Jorge Pêgo e de Jaime Fernandes. Ao lado de Júlio Pereira, marcam aqui presença António José Martins, Fernando Júdice (ambos então nos Trovante), Janita Salomé e o precocemente desaparecido Sérgio Mestre. Deste momento de 1982 até hoje, Júlio Pereira voltou várias vezes a baralhar e a dar de novo, sem nunca se afastar da reinvenção das tradições.
A carreira de Júlio Pereira começou na área do rock, surpresa ainda hoje para muita gente. Com os Playboys, banda de Moscavide, fica a uma unha negra de gravar um single logo no início de 70s. Seria então com os Petrus Castrus, em 1971, que se estreia discograficamente, com o EP “Marasmo”, seguido de “Tudo Isto, Tudo Mais” (1972). Em 1973, a banda publica o histórico álbum “Mestre”, gravado em França, e nessas sessões Júlio Pereira conhece José Mário Branco, com quem colabora logo depois do 25 de Abril na peça de teatro “Liberdade, Liberdade”.
1975 vê a edição do primeiro álbum do músico, “Bota-Fora”, creditado a meias com o cantor Carlos Cavalheiro, ex-vocalista do grupo de hard rock Xarhanga com quem Júlio Pereira tinha gravados dois singles pioneiros em 1973. Sempre inquieto, o nosso tocador de cavaquinho edita em 1976 a estreia verdadeiramente a solo, em formato de opereta: “Fernandinho Vai ó Vinho”, seguido dois anos depois de “Lisboémia”, ainda com uma veia crítica bem presente. “Mãos de Fada”, em 1979, é de certa forma um registo de transição e o primeiro da discografia do músico em que a sua voz está também em destaque.
Sempre através da editora Sassetti, “Cavaquinho” surge numa altura de renovado interesse pelas propostas de cariz folk e é um dos paradigmas desse fenómeno. A RTP está atenta e convida o músico para o programa "Vivamúsica", com apresentação de Jorge Pêgo e de Jaime Fernandes. Ao lado de Júlio Pereira, marcam aqui presença António José Martins, Fernando Júdice (ambos então nos Trovante), Janita Salomé e o precocemente desaparecido Sérgio Mestre. Deste momento de 1982 até hoje, Júlio Pereira voltou várias vezes a baralhar e a dar de novo, sem nunca se afastar da reinvenção das tradições.