JOTTA HERRE por João Carlos Callixto
12 Abr 1970 - Programa "Ensaio", canção inédita
Hoje o “Gramofone” traz um momento musical que nunca chegou a ser publicado em disco. O grupo por trás da canção chama-se Jotta Herre e foi formado no Porto em meados dos anos 60. O “jota” é de Jaime João, que antes liderara um Conjunto com o seu nome com quem grava um EP, e o “erre” de Rui Pereira, que vinha do Conjunto de Walter Behrend. Mas pelo grupo passaram nomes como Jean Sarbib, que depois faria parte do Quinteto Académico e seguiria carreira a solo nos EUA na área do jazz, ou, já nos anos 70, o cantautor alentejano Vitorino.
O momento pelo qual o grupo garantiu o seu lugar na história da música portuguesa, com uma perninha internacional, tem a ver com um feliz acaso. Em Dezembro de 1968, estando os Jotta Herre como banda residente no bar do Hotel Penina, em Portimão, aparecem como clientes o Beatle Paul McCartney e a sua futura mulher Linda Eastman. O músico decide tocar ao lado dos portugueses e, já noite dentro, surge uma melodia e uma letra. O título da canção oferecida ao grupo? “Penina”, como o hotel.
Depois de a imprensa ter revelado este golpe de sorte, os Jotta Herre são contratados pela editora discográfica Philips. Esta, através do produtor e apresentador de rádio e TV João Martins, constituía então um catálogo distinto em várias áreas, do rock ao fado, passando pela poesia dita.
“Penina” abriria assim o único EP dos Jotta Herre, que era completado por três canções originais do grupo, todas também em inglês: “North”, “To Grandma” e “The Needing of Love”. Um pouco por todo o mundo, eram publicados singles com o original de Paul McCartney nesta interpretação do grupo portuense. Mas 1969 conheceria também uma outra gravação da canção, publicada pela Valentim de Carvalho e cantada por Carlos Mendes. Os Beatles ainda a ensaiariam em estúdio, mas nunca chegam a incluí-la em nenhum álbum.
No início de 1970, seria mais uma vez pela mão de João Martins e do seu programa “Ensaio”, que então mantinha na RTP, que os Jotta Herre se vêem de novo trazidos para a ribalta. Projectando um segundo disco, de que falam numa entrevista para o mesmo programa, apresentam uma das canções que a ele se destinava. Com referências pouco veladas à guerra de África, desconhece-se o título da mesma, que acabaria por ficar inédita. Certa mesmo é a formação do grupo, que contava com Aníbal Cunha, Carlos Pinto, Giuseppe Flaminio e Rui Pereira.
O momento pelo qual o grupo garantiu o seu lugar na história da música portuguesa, com uma perninha internacional, tem a ver com um feliz acaso. Em Dezembro de 1968, estando os Jotta Herre como banda residente no bar do Hotel Penina, em Portimão, aparecem como clientes o Beatle Paul McCartney e a sua futura mulher Linda Eastman. O músico decide tocar ao lado dos portugueses e, já noite dentro, surge uma melodia e uma letra. O título da canção oferecida ao grupo? “Penina”, como o hotel.
Depois de a imprensa ter revelado este golpe de sorte, os Jotta Herre são contratados pela editora discográfica Philips. Esta, através do produtor e apresentador de rádio e TV João Martins, constituía então um catálogo distinto em várias áreas, do rock ao fado, passando pela poesia dita.
“Penina” abriria assim o único EP dos Jotta Herre, que era completado por três canções originais do grupo, todas também em inglês: “North”, “To Grandma” e “The Needing of Love”. Um pouco por todo o mundo, eram publicados singles com o original de Paul McCartney nesta interpretação do grupo portuense. Mas 1969 conheceria também uma outra gravação da canção, publicada pela Valentim de Carvalho e cantada por Carlos Mendes. Os Beatles ainda a ensaiariam em estúdio, mas nunca chegam a incluí-la em nenhum álbum.
No início de 1970, seria mais uma vez pela mão de João Martins e do seu programa “Ensaio”, que então mantinha na RTP, que os Jotta Herre se vêem de novo trazidos para a ribalta. Projectando um segundo disco, de que falam numa entrevista para o mesmo programa, apresentam uma das canções que a ele se destinava. Com referências pouco veladas à guerra de África, desconhece-se o título da mesma, que acabaria por ficar inédita. Certa mesmo é a formação do grupo, que contava com Aníbal Cunha, Carlos Pinto, Giuseppe Flaminio e Rui Pereira.