JOSÉ CID por João Carlos Callixto
5 Novembro 1978 - Programa "Semi-breves", música “Fuga para o Espaço”
Hoje o “Gramofone” traz um vídeo com uma das faixas do álbum internacionalmente aclamado “10000 Anos Depois Entre Vénus e Marte”, de 1978. Na realidade, com um excerto de uma faixa, já que “Fuga para o Espaço” tem quase 8 minutos de duração e o videoclip gravado pela RTP nos Estúdios Arnaldo Trindade, em Campolide (e onde se vê o técnico Moreno Pinto) tem cerca de 3 minutos menos.
O programa onde foi apresentado, “Semi-breves”, um espaço musical, estreava nesse dia no canal público e contava com apresentação de Jaime Fernandes e de João David Nunes, dois nomes já bem conhecidos da rádio desde a década de 60.
O nosso músico de hoje, José Cid, começou por ser um dos pioneiros do pop rock em Portugal, com os Babies, ainda na década de 50. Na década seguinte, chega a apresentar-se na RTP com o guitarrista Fernando Alvim, a interpretar bossa nova, mas é com o Quarteto 1111, em 1967, que todo o país passa a conhecer o seu talento.
“A Lenda de El-Rei D. Sebastião” é a canção que dá título ao primeiro EP do grupo, divulgado primeiro no programa de rádio “Em Órbita”, que passava exclusivamente música estrangeira e que justificou a excepção por considerar que se estava perante “uma tentativa honesta e inédita do lançamento das bases da música popular portuguesa que todos nós em boa consciência queremos renovada por inteiro”.
Ao longo da carreira do Quarteto 1111 e depois a solo, José Cid renovou sem dúvida a música portuguesa. A busca de inspiração tanto nos modelos músico-literários nacionais como estrangeiros e uma escrita inspirada e prolífica resultou numa obra bem diversificada e ainda hoje em grande medida por conhecer.
Depois de em 1975 abandonar o Quarteto 1111, com quem tinha gravado no ano anterior o álbum “Onde, Quando, Como, Porquê, Cantamos Pessoas Vivas”, Cid grava um último EP para a sua editora de sempre, a Valentim de Carvalho, de título “Vida (Sons do Quotidiano)”. Em ambos os discos se abeirava das linguagens do rock progressivo, mas a sua carreira sempre cruzou todas as linguagens.
Assim, no mesmo ano (1978) em que o selo Orfeu edita o famoso álbum que trazemos aqui hoje e que contou com os préstimos de Zé Nabo, de Ramón Galarza e de Mike Sergeant, José Cid participa com quatro canções no Festival RTP da Canção. Uma delas, “O Meu Piano”, acaba por ficar em 2º lugar. Foi preciso esperar dois anos para Cid ganhar o certame com “Um Grande, Grande Amor”.
Trinta e sete anos passados sobre a viagem ao planeta entre Vénus e Marte, o músico nascido na Chamusca continua com uma carreira imparável: em Abril de 2015 lançou o álbum “Menino Prodígio” e está já a trabalhar no seu sucessor. Sempre cantando pessoas vivas!
O programa onde foi apresentado, “Semi-breves”, um espaço musical, estreava nesse dia no canal público e contava com apresentação de Jaime Fernandes e de João David Nunes, dois nomes já bem conhecidos da rádio desde a década de 60.
O nosso músico de hoje, José Cid, começou por ser um dos pioneiros do pop rock em Portugal, com os Babies, ainda na década de 50. Na década seguinte, chega a apresentar-se na RTP com o guitarrista Fernando Alvim, a interpretar bossa nova, mas é com o Quarteto 1111, em 1967, que todo o país passa a conhecer o seu talento.
“A Lenda de El-Rei D. Sebastião” é a canção que dá título ao primeiro EP do grupo, divulgado primeiro no programa de rádio “Em Órbita”, que passava exclusivamente música estrangeira e que justificou a excepção por considerar que se estava perante “uma tentativa honesta e inédita do lançamento das bases da música popular portuguesa que todos nós em boa consciência queremos renovada por inteiro”.
Ao longo da carreira do Quarteto 1111 e depois a solo, José Cid renovou sem dúvida a música portuguesa. A busca de inspiração tanto nos modelos músico-literários nacionais como estrangeiros e uma escrita inspirada e prolífica resultou numa obra bem diversificada e ainda hoje em grande medida por conhecer.
Depois de em 1975 abandonar o Quarteto 1111, com quem tinha gravado no ano anterior o álbum “Onde, Quando, Como, Porquê, Cantamos Pessoas Vivas”, Cid grava um último EP para a sua editora de sempre, a Valentim de Carvalho, de título “Vida (Sons do Quotidiano)”. Em ambos os discos se abeirava das linguagens do rock progressivo, mas a sua carreira sempre cruzou todas as linguagens.
Assim, no mesmo ano (1978) em que o selo Orfeu edita o famoso álbum que trazemos aqui hoje e que contou com os préstimos de Zé Nabo, de Ramón Galarza e de Mike Sergeant, José Cid participa com quatro canções no Festival RTP da Canção. Uma delas, “O Meu Piano”, acaba por ficar em 2º lugar. Foi preciso esperar dois anos para Cid ganhar o certame com “Um Grande, Grande Amor”.
Trinta e sete anos passados sobre a viagem ao planeta entre Vénus e Marte, o músico nascido na Chamusca continua com uma carreira imparável: em Abril de 2015 lançou o álbum “Menino Prodígio” e está já a trabalhar no seu sucessor. Sempre cantando pessoas vivas!