ESSA ENTENTE por João Carlos Callixto
27 Mai 1989 - "Dança nua"
Há ao longo do tempo diversos casos de artistas ou grupos que gravaram apenas um disco em nome próprio, não deixando por isso de firmar o seu lugar na História – assim haja pelo menos uma canção que se destaque e que permita a perpetuação desse legado. É esse o caso do grupo de hoje aqui no “Gramofone”, os Essa Entente, formados em 1984 e que cinco anos depois alcançaram esse desiderato, por via da editora multinacional PolyGram.
“Dança Nua” é ainda hoje o momento mais recordado do percurso dos Essa Entente junto do grande público, fruto da forma bem sucedida como alia os universos da música tradicional com os do rock alternativo da época. As harmonias vocais são outro factor distintivo da canção (e do próprio trabalho do grupo), que teve então edição paralela em single. As imagens aqui trazidas são do programa “Vivamúsica”, no qual a RTP divulgava o panorama musical da época.
Com Paulo Riço (voz, guitarra acústica), Paulo Sousa (guitarras), Paulo Salgado (baixo) e Paulo Neto (bateria), o grupo participou em 1986 na histórica dupla-colectânea “Divergências”, da editora Ama Romanta, com “La Feria”. João Peste, líder dos Pop dell’Arte e co-organizador desse trabalho, colabora na canção dos Essa Entente ao lado de Nuno Rebelo, dos Mler Ife Dada. Em 1986, o grupo participa no 3.º Concurso do Rock Rendez-Vous, ficando em 2.º lugar nesse ano em que a vitória sorriu aos bracarenses Rongwrong. Como curiosidade, o prémio de originalidade coube a outra banda de Braga que haveria de se tornar um dos nomes maiores do rock em Portugal: os Mão Morta.
O grupo dos Paulos, como era também conhecido, viu-se alargado a quinteto, com a entrada de Manuel Machado para as teclas e acordeão. É essa a formação que assina contrato com a PolyGram, onde publicam à entrada do Verão de 1989 o único álbum. Homónimo e com produção de Manuel Faria, dos Trovante, aí encontramos para além desta “Dança Nua” canções como “Pets de Loup” ou “Sou em Estranho sem Ti”. Com um segundo álbum nos planos mas sem nunca se concretizar, a banda participa pouco antes de terminar na colectânea “Filhos da Madrugada Cantam José Afonso”, disco que levou a obra do cantautor às novas gerações. No caso dos Essa Entente, reinterpretaram “Senhor Arcanjo”, que abria o clássico de 1971 “Cantigas do Maio”. Já no séc. XXI, a banda juntou-se episodicamente em mais do que uma ocasião, sendo a mais recente destas um concerto em 2020 no Seixal.
“Dança Nua” é ainda hoje o momento mais recordado do percurso dos Essa Entente junto do grande público, fruto da forma bem sucedida como alia os universos da música tradicional com os do rock alternativo da época. As harmonias vocais são outro factor distintivo da canção (e do próprio trabalho do grupo), que teve então edição paralela em single. As imagens aqui trazidas são do programa “Vivamúsica”, no qual a RTP divulgava o panorama musical da época.
Com Paulo Riço (voz, guitarra acústica), Paulo Sousa (guitarras), Paulo Salgado (baixo) e Paulo Neto (bateria), o grupo participou em 1986 na histórica dupla-colectânea “Divergências”, da editora Ama Romanta, com “La Feria”. João Peste, líder dos Pop dell’Arte e co-organizador desse trabalho, colabora na canção dos Essa Entente ao lado de Nuno Rebelo, dos Mler Ife Dada. Em 1986, o grupo participa no 3.º Concurso do Rock Rendez-Vous, ficando em 2.º lugar nesse ano em que a vitória sorriu aos bracarenses Rongwrong. Como curiosidade, o prémio de originalidade coube a outra banda de Braga que haveria de se tornar um dos nomes maiores do rock em Portugal: os Mão Morta.
O grupo dos Paulos, como era também conhecido, viu-se alargado a quinteto, com a entrada de Manuel Machado para as teclas e acordeão. É essa a formação que assina contrato com a PolyGram, onde publicam à entrada do Verão de 1989 o único álbum. Homónimo e com produção de Manuel Faria, dos Trovante, aí encontramos para além desta “Dança Nua” canções como “Pets de Loup” ou “Sou em Estranho sem Ti”. Com um segundo álbum nos planos mas sem nunca se concretizar, a banda participa pouco antes de terminar na colectânea “Filhos da Madrugada Cantam José Afonso”, disco que levou a obra do cantautor às novas gerações. No caso dos Essa Entente, reinterpretaram “Senhor Arcanjo”, que abria o clássico de 1971 “Cantigas do Maio”. Já no séc. XXI, a banda juntou-se episodicamente em mais do que uma ocasião, sendo a mais recente destas um concerto em 2020 no Seixal.