ERMELINDA DUARTE por João Carlos Callixto
2 Jul 1975 - "Somos Livres"
“Somos Livres” é uma das canções mais recordadas do período pós-1974 e hoje está em destaque neste “Gramofone”. Ermelinda Duarte, também actriz, é a sua voz, e surge aqui num momento captado pela RTP em 1975. A sua carreira tinha começado em finais da década de 60, ao juntar-se ao Teatro Estúdio de Lisboa, onde participa em várias peças com encenação de Luzia Maria Martins. No cinema, ficou conhecida pelo seu papel no filme “Pedro Só” (1972), de Alfredo Tropa, mas entra também em vários telefilmes. Um deles parte precisamente da peça "Lisboa 72/74", que o TEL apresentara em finais de 1974, e onde se inclui esta canção de hoje.
Mário Martins, então responsável de artistas e reportório da editora Valentim de Carvalho, repara no potencial comercial de “Somos Livres” e propõe um contrato a Ermelinda Duarte. Apesar de já antes ter sido publicada em disco uma canção sua - “Manuel”, na voz de Ana Maria Teodósio – a actriz e cantautora não acede logo ao convite, mas o produtor é persistente e o sucesso do single terá ultrapassado o previsto. Como a própria Ermelinda Duarte refere nestas imagens captadas originalmente em 1975 para o programa "Pifelim" - de António Montez, Francisco Nicholson e Henrique Viana – a canção chegou às bocas de todo o país, tornando-se num dos maiores hinos da época. A acompanhar a cantora na guitarra está Braga Santos, que tinha sido membro do Conjunto Sem Nome e que escrevera canções para o Festival da Canção e para o teatro de revista.
A carreira de Ermelinda Duarte como intérprete conhece ainda um outro single na Valentim de Carvalho (onde, como no primeiro, os arranjos são de José Cid) e ainda alguns trabalhos através do selo editorial do grupo de teatro Adoque, que fundara com vários colegas em 1974, e da editora Metro-Som, já na transição para os anos 80. Na área das dobragens de séries infantis, a sua voz foi sempre presente para muitas gerações de crianças e jovens, mantendo-se no activo até à actualidade.
Mário Martins, então responsável de artistas e reportório da editora Valentim de Carvalho, repara no potencial comercial de “Somos Livres” e propõe um contrato a Ermelinda Duarte. Apesar de já antes ter sido publicada em disco uma canção sua - “Manuel”, na voz de Ana Maria Teodósio – a actriz e cantautora não acede logo ao convite, mas o produtor é persistente e o sucesso do single terá ultrapassado o previsto. Como a própria Ermelinda Duarte refere nestas imagens captadas originalmente em 1975 para o programa "Pifelim" - de António Montez, Francisco Nicholson e Henrique Viana – a canção chegou às bocas de todo o país, tornando-se num dos maiores hinos da época. A acompanhar a cantora na guitarra está Braga Santos, que tinha sido membro do Conjunto Sem Nome e que escrevera canções para o Festival da Canção e para o teatro de revista.
A carreira de Ermelinda Duarte como intérprete conhece ainda um outro single na Valentim de Carvalho (onde, como no primeiro, os arranjos são de José Cid) e ainda alguns trabalhos através do selo editorial do grupo de teatro Adoque, que fundara com vários colegas em 1974, e da editora Metro-Som, já na transição para os anos 80. Na área das dobragens de séries infantis, a sua voz foi sempre presente para muitas gerações de crianças e jovens, mantendo-se no activo até à actualidade.