EFE 5, por João Carlos Callixto
29 Dez 1969 - "Copper Kettle"
As tradições musicais da América do Norte conheceram uma grande difusão na década de 60, quer através de material anónimo quer de novas canções que iam buscar raízes a essas mesmas tradições e que as recriavam à luz também dos novos tempos. De formas diferentes, foi isso que nomes como Pete Seeger, Joan Baez, Peter, Paul & Mary ou Bob Dylan fizeram, contribuindo para que, em diversas geografias, estes repertórios se popularizassem. Em Portugal, na segunda metade dos anos 60, duos como o Folk 2 ou Duarte & Ciríaco começaram então a escrever os seus próprios originais, mostrando como as tradições se podiam cruzar.
O grupo Efe 5, em destaque no “Gramofone” de hoje, formou-se em 1968 com João Sá Nogueira, Jorge Leite, Maria João Lencastre, Carlos Rodrigues e Fátima Rodrigues. Cantando repertório folk e gospel, surgem nos ecrãs televisivos a 25 de Agosto de 1969, no histórico programa “Zip-Zip”. “I'll Not Marry at All”, que aí apresentam, é depois incluído no primeiro disco da nova editora com o mesmo nome do programa, um LP em que surge também o grupo Intróito, igualmente marcado pela folk norte-americana. Estas imagens são provenientes da última emissão do “Zip-Zip”, a única preservada na sua totalidade nos Arquivos da RTP, e mostram o grupo a interpretar “Copper Kettle”, da autoria de Albert Frank Beddoe, e que tinha sido popularizada por Joan Baez num álbum ao vivo de 1962.
No Natal de 1970, é publicado o registo de estreia em nome próprio do Efe 5, em formato EP. Com Agostinho Borges no grupo, esse disco teve produção de Thilo Krasmann e é inteiramente composto já por canções tradicionais portuguesas: “Cartaxinho”, “Homem da Barca”, “A Tourada” e “Ribeira Vai Cheia”. Pouco depois, é a vez de Carlos Alberto Moniz entrar para o Efe 5, sendo já com ele que participam no Festival RTP da Canção de 1971. "Rosa, Roseira", com texto do poeta Fernando Vieira e música de Fernando Potier, classifica-se em 6.º lugar, nessa edição que veria a vitória de Tonicha e de “Menina do Alto da Serra” - uma canção também marcada pelas linguagens folk internacionais. No lado B do single do Efe 5 estava “Na Face do Canto”, da autoria do cantautor José Jorge Letria. Já em 1972, é publicado o último disco do grupo, de novo com canções tradicionais portuguesas, “Baleizão” e “Lira”, contando desta vez com direcção musical de Pedro Osório. A aventura termina logo depois, numa altura em que Carlos Alberto Moniz desenvolvia já o seu percurso a solo e em dueto com Maria do Amparo.
O grupo Efe 5, em destaque no “Gramofone” de hoje, formou-se em 1968 com João Sá Nogueira, Jorge Leite, Maria João Lencastre, Carlos Rodrigues e Fátima Rodrigues. Cantando repertório folk e gospel, surgem nos ecrãs televisivos a 25 de Agosto de 1969, no histórico programa “Zip-Zip”. “I'll Not Marry at All”, que aí apresentam, é depois incluído no primeiro disco da nova editora com o mesmo nome do programa, um LP em que surge também o grupo Intróito, igualmente marcado pela folk norte-americana. Estas imagens são provenientes da última emissão do “Zip-Zip”, a única preservada na sua totalidade nos Arquivos da RTP, e mostram o grupo a interpretar “Copper Kettle”, da autoria de Albert Frank Beddoe, e que tinha sido popularizada por Joan Baez num álbum ao vivo de 1962.
No Natal de 1970, é publicado o registo de estreia em nome próprio do Efe 5, em formato EP. Com Agostinho Borges no grupo, esse disco teve produção de Thilo Krasmann e é inteiramente composto já por canções tradicionais portuguesas: “Cartaxinho”, “Homem da Barca”, “A Tourada” e “Ribeira Vai Cheia”. Pouco depois, é a vez de Carlos Alberto Moniz entrar para o Efe 5, sendo já com ele que participam no Festival RTP da Canção de 1971. "Rosa, Roseira", com texto do poeta Fernando Vieira e música de Fernando Potier, classifica-se em 6.º lugar, nessa edição que veria a vitória de Tonicha e de “Menina do Alto da Serra” - uma canção também marcada pelas linguagens folk internacionais. No lado B do single do Efe 5 estava “Na Face do Canto”, da autoria do cantautor José Jorge Letria. Já em 1972, é publicado o último disco do grupo, de novo com canções tradicionais portuguesas, “Baleizão” e “Lira”, contando desta vez com direcção musical de Pedro Osório. A aventura termina logo depois, numa altura em que Carlos Alberto Moniz desenvolvia já o seu percurso a solo e em dueto com Maria do Amparo.