DUARTE MENDES por João Carlos Callixto
Mar 1975 - "Madrugada"
Nesta semana de Festival da Eurovisão, em que Salvador Sobral é recebido por todo o lado com grande entusiasmo, o “Gramofone” recua ao primeiro Festival da Canção após o 25 de Abril de 1974. Mais concretamente, trazemos aqui o videoclip de “Madrugada”, a música que Duarte Mendes levou então a Estocolmo e com a qual obtém um 16º lugar entre 19 países.
Se as imagens desse Festival não ficaram preservadas para a posteridade, perdendo-se assim a possibilidade de vermos prestações como as de Carlos Cavalheiro (com “A Boca do Lobo”, de Sérgio Godinho), de Jorge Palma (sozinho e com Fernando Girão) ou do GAC-Vozes na Luta (com uma histórica declaração de interesseses e a música “Alerta!”), a RTP guardou o videoclip a cores da canção vencedora, feito para para promoção internacional e ainda com a primeira versão da letra – para Estocolmo, o autor José Luís Tinoco reescreveria algumas partes desta para o cantor e capitão de Abril.
Curiosamente, “Madrugada” foi o momento final da carreira de Duarte Mendes, que desde 1970 era concorrente assíduo do Festival. “Então Dizia-te”, “Adolescente”, “Cidade Alheia” e “Gente” foram as canções que defendeu, tendo sido com esta última, em 1973, que obtivera a melhor classificação até então – um 3º lugar, nesse ano da vitória de “Tourada”.
Com apenas um álbum a solo, editado em 1973 pela Orfeu, Duarte Mendes tinha sido no ano anterior uma das quatro vozes no álbum “Fala do Homem Nascido”, um trabalho conceptual dedicado à poesia de António Gedeão, com música de José Niza e orquestrações de José Calvário. Este maestro portuense trabalhara também já ao lado de José Luís Tinoco, o arquitecto responsável por “Madrugada” e por muitros outros momentos maiores da nossa música. Depois de escrever para Fernando Tordo, Paulo de Carvalho ou Teresa Silva Carvalho, ao lado de autores como Yvette Centeno, Pedro Tamen ou José Niza, Tinoco tem aqui a sua primeira composição com letra e música suas gravada em disco. Regressemos então a 1975!
Se as imagens desse Festival não ficaram preservadas para a posteridade, perdendo-se assim a possibilidade de vermos prestações como as de Carlos Cavalheiro (com “A Boca do Lobo”, de Sérgio Godinho), de Jorge Palma (sozinho e com Fernando Girão) ou do GAC-Vozes na Luta (com uma histórica declaração de interesseses e a música “Alerta!”), a RTP guardou o videoclip a cores da canção vencedora, feito para para promoção internacional e ainda com a primeira versão da letra – para Estocolmo, o autor José Luís Tinoco reescreveria algumas partes desta para o cantor e capitão de Abril.
Curiosamente, “Madrugada” foi o momento final da carreira de Duarte Mendes, que desde 1970 era concorrente assíduo do Festival. “Então Dizia-te”, “Adolescente”, “Cidade Alheia” e “Gente” foram as canções que defendeu, tendo sido com esta última, em 1973, que obtivera a melhor classificação até então – um 3º lugar, nesse ano da vitória de “Tourada”.
Com apenas um álbum a solo, editado em 1973 pela Orfeu, Duarte Mendes tinha sido no ano anterior uma das quatro vozes no álbum “Fala do Homem Nascido”, um trabalho conceptual dedicado à poesia de António Gedeão, com música de José Niza e orquestrações de José Calvário. Este maestro portuense trabalhara também já ao lado de José Luís Tinoco, o arquitecto responsável por “Madrugada” e por muitros outros momentos maiores da nossa música. Depois de escrever para Fernando Tordo, Paulo de Carvalho ou Teresa Silva Carvalho, ao lado de autores como Yvette Centeno, Pedro Tamen ou José Niza, Tinoco tem aqui a sua primeira composição com letra e música suas gravada em disco. Regressemos então a 1975!