CONJUNTO MÁRIO SIMÕES por João Carlos Callixto
11 Outubro 1961 - Programa “Férias de Verão”, música “Pente p'ra Quê?”
Num programa dedicado ao Verão que tinha findado havia pouco tempo, encontramos ao vivo na RTP neste “Gramofone” um dos mais populares conjuntos ligeiros das décadas de 50 e 60: o Conjunto de Mário Simões.
Formado em 1952, contou na sua formação inicial com os dois membros de sempre Mário Simões (voz, piano) e Jaime Nascimento (voz, guitarra) e ainda com Jorge Machado (contrabaixo), Fernando Rueda (bateria) e Carlos Fernando (voz).
Seria esta a formação que grava em 1953, nos Estúdios da Emissora Nacional, em Lisboa, o primeiro de uma longa série de discos de 78 rotações por minuto. Nele, encontramos no lado A o original “Canção do Mar”, com letra de Frederico de Brito e música de Ferrer Trindade, e que tinha sido oferecida ao conjunto.
Esta canção tornar-se-ia num dos maiores sucessos da música portuguesa, em grande medida devido à gravação logo no ano seguinte por Amália Rodrigues. Entre largas dezenas de versões, Dulce Pontes faria dela na década de 90 de novo um sucesso, chegando a ser incluída na banda sonora do filme “Primal Fear”, com Richard Gere.
Com algumas mudanças de formação, o Conjunto de Mário Simões continua até cerca de 1958, quando o seu titular parte para a África do Sul. Durante dois anos, o também pianista Helder Reis ocupa o seu lugar.
O regresso de Mário Simões no início da nova década traz consigo um sucesso gravado na África do Sul. Chama-se “O Lápis do Lopes” e fazia originalmente parte do álbum “Latin Beat with Mário Simões and Ángel Barredo”.
Logo em 1960, o agora baptizado Quarteto de Mário Simões grava uma espécie de continuação desta canção, chamada “A Borracha do Rocha”. Em 2009, o Real Combo Lisbonense inclui uma versão da mesma no seu disco de estreia, chegando aliás a contar com a presença do guitarrista Jaime Nascimento num concerto comemorativo dos 100 Anos da República, na Alameda, em Lisboa. O músico, único sobrevivente da formação clássica da banda, contava então “apenas” menos dez anos que o regime republicano.
Com o humor como um dos elementos marcantes ao longo do seu percurso, o Conjunto de Mário Simões surge aqui no programa “Férias de Verão”, com apresentação de Artur Agostinho, ao lado de nome s como os Conchas, de Gina Maria ou do actor Camilo de Oliveira. A canção “Pente p’ra Quê” era um original de Mário Simões e tinha sido gravada nesse ano de 1961 por si e por Jaime Nascimento e ainda por Raul Paredes (contrabaixo) e Jorge Costa Pinto (bateria). Nas imagens de hoje, é o irmão deste último, Domingos Costa Pinto, que segura nas baquetas.
Formado em 1952, contou na sua formação inicial com os dois membros de sempre Mário Simões (voz, piano) e Jaime Nascimento (voz, guitarra) e ainda com Jorge Machado (contrabaixo), Fernando Rueda (bateria) e Carlos Fernando (voz).
Seria esta a formação que grava em 1953, nos Estúdios da Emissora Nacional, em Lisboa, o primeiro de uma longa série de discos de 78 rotações por minuto. Nele, encontramos no lado A o original “Canção do Mar”, com letra de Frederico de Brito e música de Ferrer Trindade, e que tinha sido oferecida ao conjunto.
Esta canção tornar-se-ia num dos maiores sucessos da música portuguesa, em grande medida devido à gravação logo no ano seguinte por Amália Rodrigues. Entre largas dezenas de versões, Dulce Pontes faria dela na década de 90 de novo um sucesso, chegando a ser incluída na banda sonora do filme “Primal Fear”, com Richard Gere.
Com algumas mudanças de formação, o Conjunto de Mário Simões continua até cerca de 1958, quando o seu titular parte para a África do Sul. Durante dois anos, o também pianista Helder Reis ocupa o seu lugar.
O regresso de Mário Simões no início da nova década traz consigo um sucesso gravado na África do Sul. Chama-se “O Lápis do Lopes” e fazia originalmente parte do álbum “Latin Beat with Mário Simões and Ángel Barredo”.
Logo em 1960, o agora baptizado Quarteto de Mário Simões grava uma espécie de continuação desta canção, chamada “A Borracha do Rocha”. Em 2009, o Real Combo Lisbonense inclui uma versão da mesma no seu disco de estreia, chegando aliás a contar com a presença do guitarrista Jaime Nascimento num concerto comemorativo dos 100 Anos da República, na Alameda, em Lisboa. O músico, único sobrevivente da formação clássica da banda, contava então “apenas” menos dez anos que o regime republicano.
Com o humor como um dos elementos marcantes ao longo do seu percurso, o Conjunto de Mário Simões surge aqui no programa “Férias de Verão”, com apresentação de Artur Agostinho, ao lado de nome s como os Conchas, de Gina Maria ou do actor Camilo de Oliveira. A canção “Pente p’ra Quê” era um original de Mário Simões e tinha sido gravada nesse ano de 1961 por si e por Jaime Nascimento e ainda por Raul Paredes (contrabaixo) e Jorge Costa Pinto (bateria). Nas imagens de hoje, é o irmão deste último, Domingos Costa Pinto, que segura nas baquetas.