CONJUNTO DE VICTOR CAMPOS por João Carlos Callixto
8 Abr 1965 - “Cravo Vermelho”
Há sempre nomes que ficam escondidos por trás dos artistas de primeiro plano mas que são muitas vezes tão essenciais como estes para a construção do seu sucesso. No “Gramofone” de hoje, recordamos assim um músico cuja carreira pública teve lugar nas décadas de 60 e 70 mas que hoje em dia estará pouco mais do que esquecido – algo para o qual contribuirá o facto de, entre os vários discos que gravou, nunca ter registado nenhum em nome próprio, quer ao lado do seu conjunto ou de uma formação orquestral. Foi no entanto nessas funções que a totalidade do seu percurso em disco se desenrolou, sempre secundando vozes do panorama artístico de então.
Nas imagens deste “Gramofone”, encontramos Victor Campos e o seu conjunto no programa “Ritmo”. Com apresentação de Henrique Mendes, esta emissão teve também presenças dos Conjuntos de Mário Simões e Shegundo Galarza, dos Ekos, dos Sheiks, de Victor Gomes e os Gatos Negro ou Duo Ouro Negro, mostrando que a música portuguesa estava em ebulição e transformação neste ano de 1965. A canção que o Conjunto de Victor Campos aqui interpreta é uma versão de uma canção brasileira gravada em 1962 por Helena de Lima, da autoria de Pernambuco e Sérgio Malta. Os ritmos da bossa nova prendiam o público de então e traziam o calor do outro lado do Atlântico para um Portugal então mergulhado numa guerra inglória e sem sentido em África.
A presença em disco de Victor Campos começara pouco antes deste momento, através da frenética canção “Meu Coração de Madeira”, que foi primeiro gravada por António Rossano (com carreira em França) e logo depois por António Calvário. Para este último, surgiria em 1966 nova canção, “Aquela Que Eu Amo”, mais uma vez com letra de José Correia. Três anos depois, o nome de Victor Campos surge pela primeira vez como director musical num registo discográfico, no single “É Lisboa”, de Maria Valejo – que a cantora levaria ao 4.º lugar ex-aequo nas Segundas Olimpíadas da Canção na Grécia.
Logo a abrir a nova década, Victor Campos assina com Jaime Filipe a música de “A Voz do Chão”, com letra de Francisco Nicholson e que a cantora Rute interpreta no Festival RTP da Canção de 1970. Também nesse ano, a fadista Maria do Rosário Bettencourt grava “A Minha Rua”, uma composição sua com letra de Frederico de Brito. Artur Garcia, Deolinda Rodrigues, Germano Rocha, Maria de Lourdes Resende, Milú ou Suzy Paula foram alguns dos vários nomes com que gravou ao longo dos dez anos seguintes, maioritariamente para editoras como a Rádio Triunfo, a Riso & Ritmo ou a Vadeca.
Nas imagens deste “Gramofone”, encontramos Victor Campos e o seu conjunto no programa “Ritmo”. Com apresentação de Henrique Mendes, esta emissão teve também presenças dos Conjuntos de Mário Simões e Shegundo Galarza, dos Ekos, dos Sheiks, de Victor Gomes e os Gatos Negro ou Duo Ouro Negro, mostrando que a música portuguesa estava em ebulição e transformação neste ano de 1965. A canção que o Conjunto de Victor Campos aqui interpreta é uma versão de uma canção brasileira gravada em 1962 por Helena de Lima, da autoria de Pernambuco e Sérgio Malta. Os ritmos da bossa nova prendiam o público de então e traziam o calor do outro lado do Atlântico para um Portugal então mergulhado numa guerra inglória e sem sentido em África.
A presença em disco de Victor Campos começara pouco antes deste momento, através da frenética canção “Meu Coração de Madeira”, que foi primeiro gravada por António Rossano (com carreira em França) e logo depois por António Calvário. Para este último, surgiria em 1966 nova canção, “Aquela Que Eu Amo”, mais uma vez com letra de José Correia. Três anos depois, o nome de Victor Campos surge pela primeira vez como director musical num registo discográfico, no single “É Lisboa”, de Maria Valejo – que a cantora levaria ao 4.º lugar ex-aequo nas Segundas Olimpíadas da Canção na Grécia.
Logo a abrir a nova década, Victor Campos assina com Jaime Filipe a música de “A Voz do Chão”, com letra de Francisco Nicholson e que a cantora Rute interpreta no Festival RTP da Canção de 1970. Também nesse ano, a fadista Maria do Rosário Bettencourt grava “A Minha Rua”, uma composição sua com letra de Frederico de Brito. Artur Garcia, Deolinda Rodrigues, Germano Rocha, Maria de Lourdes Resende, Milú ou Suzy Paula foram alguns dos vários nomes com que gravou ao longo dos dez anos seguintes, maioritariamente para editoras como a Rádio Triunfo, a Riso & Ritmo ou a Vadeca.